A recente inundação que atingiu o estado do Rio Grande do Sul deixou 344 mil imóveis afetados, de acordo com uma análise feita pelo UOL com base em um mapa elaborado pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Do total de imóveis atingidos, 293 mil são residências, 41 mil são construções comerciais, 2.600 são imóveis rurais e 1.300 são igrejas. Além disso, 759 estabelecimentos de saúde, como hospitais e consultórios, e 662 estabelecimentos de ensino, como escolas, creches e faculdades também foram afetados pela enchente.
Um sobrevoo digital realizado pelo UOL revelou a extensão da área atingida pela inundação, mostrando o que ficou submerso pela água e lama. A extensão atingida alcança cerca de 300 quilômetros, cobrindo aproximadamente 3.500 quilômetros quadrados – uma área maior do que a soma das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
O cálculo do número de imóveis afetados foi feito com base no mapa de inundação elaborado pela UFRGS, utilizando imagens de satélite do dia 6 de maio. Além disso, foi realizado um mapeamento dos imóveis existentes dentro da área afetada, utilizando dados do Censo 2022.
Outro mapa elaborado pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas, considerando o relevo e a vazão dos rios da região, aponta que a inundação pode ter atingido ainda mais imóveis, chegando a um total de mais de 500 mil.
Leonardo Laipelt, um dos responsáveis pelo mapeamento das áreas atingidas, chama atenção para o fato de que todas as principais bacias hidrográficas do Guaíba ficaram em situação de enchente. Ele ressalta a importância dos mapas para a formulação de políticas públicas de médio e longo prazo, visando direcionar investimentos em construções considerando a possibilidade de inundação na região.
