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Gestão deficiente e descumprimento do Código Florestal contribuem para tragédias ambientais no Rio Grande do Sul, aponta especialista.

A gestão das bacias hídricas e as tragédias climáticas no Brasil

Segundo especialistas, a natureza das bacias hídricas continua funcionando de acordo com suas características naturais, sem que haja anomalias no escoamento da água. No entanto, a falta de preparo dos órgãos responsáveis pela gestão dessas áreas acabou coincidindo com uma anomalia climática concentrada em duas dessas bacias hídricas.

Para o especialista entrevistado, a ausência de aplicação das leis do Código Florestal também é um fator que contribui para tragédias como a ocorrida recentemente no Rio Grande do Sul.

Na visão do especialista, é importante destacar a questão da faixa de não ocupação em torno das drenagens. A falta de fiscalização e aplicação efetiva da lei do Código Florestal, que determina a demarcação de áreas de não ocupação, contribui para a magnitude das catástrofes desse tipo. O entrevistado acredita que esse seja o principal problema a ser enfrentado.

O mesmo especialista ressalta que as margens dos rios, desde suas nascentes até a desembocadura, carecem de uma conduta efetiva do estado para aplicar a lei e fiscalizar a ocupação de áreas de alto risco para inundações. Em um cenário de catástrofe com um volume de água considerável, como o observado no município de Itapoá, a falta de aplicação da lei agrava ainda mais a situação.

Por fim, o especialista destaca a importância da implementação efetiva da lei do Código Florestal, que já existe há anos, mas que não tem sido cumprida conforme deveria.

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