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Esquema de contratação de cabos eleitorais é investigado por procuradoras, envolvendo políticos e saques milionários em dinheiro vivo.




Matéria de Jornal

Escândalo de corrupção envolvendo o governador do Rio de Janeiro

Segundo as procuradoras Neide Cardoso de Oliveira e Silvana Batini, um esquema de contratação indevida de cabos eleitorais foi descoberto no Rio de Janeiro. De acordo com as autoras, os contratados foram utilizados para promover as candidaturas e cooptar votos a fim de garantir a vitória de políticos interessados apenas em benefícios pessoais.

A defesa do governador Castro alega que a vitória “acachapante” sobre o candidato Freixo em 2022 é prova de que o suposto esquema não existiu. Com mais de 2 milhões de votos de vantagem, os advogados afirmam que os projetos da Ceperj foram suspensos após a primeira decisão judicial, não impactando as contas públicas.

Em defesa de Castro, o advogado Eduardo Darmian ressaltou a diferença de votos entre o governador e o segundo colocado, que tenta anular a eleição, como evidência da legitimidade do pleito. “Essa magnitude, essa dimensão tem que ser levada em consideração”, afirmou.

Além disso, a presença de nomes da oposição entre os contratados é apontada como outra evidência de que o suposto esquema não existiu. Um exemplo disso é o caso de familiares de Ricardo Lodi, ex-reitor da Uerj, que conseguiu uma vaga de suplente de deputado federal pelo PT nas eleições de 2022.

Uma investigação do Ministério Público do Rio descobriu saques de dinheiro vivo na “boca do caixa” durante o período em que o suposto esquema estava em operação. Ao todo, R$ 248 milhões foram retirados em agências bancárias por dezenas de milhares de pessoas envolvidas no esquema.

Além do governador, outras 12 pessoas são réus na ação, incluindo o vice-governador Thiago Pampolha (MDB) e o deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa do Rio.


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