Investigação sobre infecção por HIV em transplantes de órgãos no Brasil gera preocupação e questionamentos sobre protocolos de segurança.

Segundo a especialista, o Sistema Único de Saúde (SUS) possui protocolos para garantir o cuidado adequado a pacientes transplantados, incluindo aqueles que já são portadores do vírus HIV. Após um transplante, todos os pacientes devem fazer uso contínuo de medicação imunossupressora para evitar a rejeição do novo órgão. No caso dos pacientes infectados, é necessária também a administração do coquetel antirretroviral para controlar a infecção pelo HIV.
É fundamental mencionar que a identificação de outras doenças infecciosas, como a soropositividade para HTLV e a tuberculose ativa, também impede a doação de órgãos no país. Para garantir a segurança dos transplantes, uma extensa bateria de exames é realizada nos doadores. No entanto, falhas na aplicação desses protocolos podem resultar em situações como a ocorrida no Rio de Janeiro.
O Sistema Nacional de Transplantes, financiado pelo SUS, é considerado um dos maiores programas públicos do mundo nessa área. Com mais de 44 mil pessoas na fila de espera por um órgão no Brasil, a importância dos transplantes para salvar vidas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes é evidente. São Paulo lidera a lista de espera, seguido pelo Rio de Janeiro, evidenciando a urgência em garantir a segurança e eficácia dos procedimentos de transplante no país.