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Novas diretrizes de educação sexual no Reino Unido
No dia 16 de junho, o Reino Unido surpreendeu ao anunciar uma nova diretriz que estabelece limites de idade nas escolas para conteúdos relacionados à educação sexual. Segundo o governo britânico, a educação sexual não será abordada antes do Year 5, o que equivale à faixa etária de 9 a 10 anos, e nesse ponto, somente a partir de uma perspectiva científica.
A partir do ensino médio, as aulas sobre orientação sexual serão introduzidas, permitindo a discussão sobre mudança de gênero. O governo ressaltou a importância de uma abordagem cautelosa e da utilização de material que não apresente opiniões controversas como fatos, incluindo a visão de que o gênero é um espectro.
A ministra da Educação, Gillian Keegan, destacou que a diretriz visa apoiar as escolas na abordagem de tópicos delicados e não deixa dúvidas sobre o que é apropriado ensinar em cada etapa da escola. O primeiro-ministro, Rishi Sunak, reforçou o compromisso do governo em proteger as crianças, garantindo que não sejam expostas a conteúdos perturbadores para sua idade.
Em entrevista à BBC Radio 4, a ministra Keegan alertou para materiais inadequados que têm causado preocupação, enfatizando que a identidade de gênero não deve ser confundida com o sexo biológico. Ela esclareceu que a intenção não é impedir a mudança de gênero, uma vez que a redesignação sexual é protegida pela Lei de Igualdade de 2010.
No entanto, as novas diretrizes geraram preocupações entre os profissionais da educação. Elizabeth West, diretora de um grupo de escolas, questionou a necessidade dos limites rígidos, enquanto Paul Whiteman, secretário-geral de um sindicato, alertou para o risco de as crianças buscarem informações em fontes menos confiáveis.
Por outro lado, Josephine Morgan, educadora e CEO da Engendering Change, defendeu que não abordar educação sexual pode prejudicar as crianças, que já estão expostas a esse tema em diversas mídias. Ela enfatizou a importância de discutir o assunto de forma adequada nas escolas.
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