Polícia Federal deflagra segunda fase da Operação Trapiche para investigar financiamento do terrorismo no Brasil

Segundo a PF, o principal investigado, que não teve o nome divulgado, aproveitava-se da vulnerabilidade de imigrantes e refugiados para abrir contas bancárias e empresas em seus nomes, sem o conhecimento dos mesmos. Essas contas e empresas eram utilizadas para movimentar dinheiro destinado a atividades ilícitas, como o financiamento de viagens de recrutamento de brasileiros para o exterior.
A polícia descobriu que as passagens aéreas dos recrutados eram financiadas com proventos do comércio ilícito de cigarros eletrônicos contrabandeados e vendidos em lojas de tabacarias no Brasil. Além disso, foi constatado um esquema bilionário de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, revelado por outra operação realizada anteriormente para combater a lavagem de dinheiro no mercado de criptomoedas.
Os envolvidos poderão responder por diversos crimes, como contrabando, integração em organização terrorista, atos preparatórios e financiamento do terrorismo, além de lavagem de dinheiro. As penas máximas somadas para esses crimes ultrapassam os 75 anos de reclusão, evidenciando a gravidade das acusações.
A Operação Trapiche é mais um marco no combate ao terrorismo e à lavagem de dinheiro no Brasil, demonstrando a eficiência e atuação contínua da Polícia Federal no enfrentamento de crimes de alta complexidade.