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A influência de Lula e Bolsonaro nas eleições do Rio de Janeiro: como os apoios políticos podem definir o resultado final.

O peso dos apoios de Lula e Bolsonaro

As pesquisas Datafolha e Quaest têm mostrado uma pré-campanha confortável para Eduardo Paes, com cenários em que ele obtém mais de 50% dos votos válidos e vence no primeiro turno. Levantamento da Quaest divulgado em julho indica que aumentou o peso da influência dos padrinhos políticos: eles podem ajudar a tirar ou somar votos, em especial entre o eleitor bolsonarista, e, assim, levar a eleição do Rio para o segundo turno.

Por isso, o PL de Ramagem aposta na estratégia de apresentar o pré-candidato —que desponta em segundo lugar— como o nome de Bolsonaro para a prefeitura. Pesquisas internas indicam que 29% dos bolsonaristas do Rio não sabem quem é o nome do ex-presidente na cidade, diz o coordenador da campanha, senador Carlos Portinho (PL-RJ).

Quando a Quaest pergunta especificamente sobre os concorrentes e seus padrinhos, o cenário piora para o atual prefeito e melhora para seu principal adversário: sem a menção do apoio, Paes tem 52%, mas, quando o apoio de Lula é citado, baixa para 46% das intenções de votos. Ou seja, o petista tira seis pontos. Já Ramagem passa de 14% para 30% com a menção a Bolsonaro —portanto, o ex-presidente mais que dobra o potencial do deputado. É este campo que o PL quer explorar.

No entanto, aliados de Paes entendem que há espaço para o prefeito se desvencilhar da nacionalização da eleição. Na sabatina Folha/UOL, o deputado Tarcísio Motta (PSOL) afirmou que Paes vai esconder Lula na campanha. Ele acrescentou que o eleitor do presidente vai se identificar com sua candidatura porque o seu programa de governo “é o da esquerda”.

Tarcísio Motta se apresentará como único candidato genuíno da esquerda
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