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Pedido de vista coletiva adia votação de representação preliminar contra deputado por suposta prática de rachadinha no Conselho de Ética da Câmara.

Na última sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, um pedido de vista coletiva acabou adiando a votação da representação preliminar contra o deputado federal André Janones, do Avante-MG. Janones é acusado pelo Partido Liberal (PL) de ter quebrado o decoro parlamentar ao supostamente ter se envolvido em um esquema de rachadinha, que consiste no desvio de parte dos salários de seus assessores em seu gabinete.

A acusação foi baseada em áudios do próprio parlamentar, divulgados na imprensa, nos quais ele solicitava que parte dos salários de seus funcionários fossem repassados para ajudar a cobrir despesas de campanhas eleitorais. Essa denúncia resultou na abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o caso.

O relator da representação, o deputado Guilherme Boulos, do PSOL-SP, apresentou um parecer pelo arquivamento do processo, alegando que os fatos em questão não configuram quebra de decoro, pois teriam ocorrido em 2019, antes do início do atual mandato de Janones. Boulos ainda citou jurisprudência do colegiado que já foi aplicada em casos semelhantes.

Durante a sessão, o deputado Cabo Gilberto Silva, do PL-PB, também pediu vista do processo, justificando que as denúncias só vieram à tona na atual legislatura, pois não eram de conhecimento público anteriormente. Boulos rebateu o argumento de Gilberto Silva, apresentando matérias que tratavam do caso desde 2021, desmentindo a alegação de que as informações eram recentes.

Com todas essas polêmicas e reviravoltas, o processo contra André Janones será retomado para votação na próxima semana. Resta saber qual será o desfecho desse caso e se o deputado será considerado culpado ou inocente pela quebra de decoro parlamentar. A Justiça terá um papel fundamental em esclarecer a verdade e decidir sobre as possíveis consequências para o parlamentar.

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