Milícias digitais de extrema direita propagam fake news durante enchentes no Rio Grande do Sul, denuncia senador Humberto Costa.
O senador Humberto Costa (PT-PE) fez duras críticas, em seu pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (14), à atuação da extrema direita durante as enchentes no Rio Grande do Sul. De acordo com o parlamentar, um grupo de milícias digitais está se aproveitando da tragédia para disseminar notícias falsas carregadas de ódio e desinformação, o que está prejudicando significativamente a assistência às vítimas.
“É inacreditável, é desumano, mas é a realidade que temos que enfrentar. São mentiras sobre caminhões retidos com doações, sobre corpos escondidos e caixões espalhados, sobre aeronaves enviadas por Israel, sobre o Ibama impedindo a abertura de estradas. Aqui no Distrito Federal, há até mesmo a difamação de que a FAB [Força Aérea Brasileira] não está mais aceitando doações, alegando que seus galpões estão cheios. Tudo isso são falsidades absurdas, com o intuito criminoso de causar mais sofrimento aos necessitados e dificultar as operações de socorro. A crueldade desses milicianos digitais é impressionante”, declarou Humberto.
O senador também ressaltou que o governo federal tem demonstrado total engajamento na assistência ao Rio Grande do Sul, anunciando diariamente medidas para auxiliar a população e o governo estadual em sua reconstrução pós-tragédia. Costa mencionou, como exemplo, a suspensão da dívida do estado com a União por três anos e o perdão de R$ 12 bilhões em juros.
“Como o presidente Lula mencionou – ele que estará de volta ao Rio Grande do Sul amanhã – os recursos não faltarão. Hoje mesmo houve uma reunião para discutir a implementação de um auxílio emergencial para a população, nos moldes do que foi aprovado aqui durante a pandemia, visando ajudar os mais necessitados. Estamos agindo de forma resoluta para enfrentar os impactos humanos e materiais causados pelas intensas tempestades. Esta postura contrasta completamente com o que testemunhamos em 2021, no governo anterior, onde o então presidente gastava dinheiro público em férias e passeios de jet ski, enquanto a Bahia enfrentava uma tragédia de grande escala, também decorrente das chuvas, que atingiu mais de 70 municípios”, enfatizou o senador.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
