Investigadores da PF e UFMS realizam últimos testes de segurança na urna eletrônica antes das eleições municipais em outubro.
Durante esta semana, na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as equipes estão realizando uma série de testes para confirmar se as falhas identificadas no ano passado foram corrigidas. Este processo, conhecido como Teste Público de Segurança (TPS), ocorre a cada ciclo eleitoral. No último teste, realizado entre novembro e dezembro do ano passado, 33 investigadores executaram 35 planos de ataques contra as urnas, identificando possíveis vulnerabilidades no sistema eletrônico de votação.
Apesar dos ataques realizados no ano passado não terem comprometido a integridade ou sigilo do voto, foram encontradas falhas no processo de inicialização da urna e no procedimento de carga das informações dos candidatos e eleitorado. Diante disso, foram realizadas melhorias nos códigos-fonte para solucionar essas questões.
O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Julio Valente, explicou que as equipes técnicas dedicaram-se a aprimorar os pontos identificados pelos investigadores no último teste, apresentando agora os resultados dessas melhorias durante o teste de confirmação.
O diretor-geral do TSE, Rogério Galloro, ressaltou a importância do TPS para o sistema eleitoral, destacando que cada achado dos investigadores representa uma oportunidade de evolução. Durante o teste de confirmação, serão avaliados diversos aspectos do funcionamento da urna eletrônica, incluindo gerenciador de dados, software de carga, software de votação, sistema de apuração, entre outros.
Além disso, pesquisadores do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) estão presentes para dar suporte técnico durante a execução dos testes de confirmação. Este processo visa garantir a transparência e a constante evolução do sistema eleitoral brasileiro, contribuindo assim para a confiança e segurança nas eleições municipais deste ano.
