Vice-presidente da Braskem reafirma responsabilidade pelo afundamento do solo em Maceió durante depoimento à CPI da empresa.

No centro das atenções da CPI da Braskem, o vice-presidente da empresa, Marcelo Cerqueira, reiterou a responsabilidade da mineradora pelo afundamento do solo em Maceió. Em um depoimento contundente, Cerqueira negou veementemente qualquer tentativa da empresa de contestar o laudo emitido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), que evidenciou as sérias consequências da exploração excessiva do sal-gema na região.
O executivo ainda ressaltou que todos os acordos firmados pela Braskem foram realizados com a aprovação e participação ativa do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Prefeitura de Maceió. Essas instituições estiveram envolvidas em todo o processo, o que reforça a transparência nas ações da empresa em relação ao desastre ambiental que assola a comunidade.
Diante dos questionamentos dos senadores presentes na CPI, Marcelo Cerqueira descartou categoricamente a possibilidade de realocação dos moradores dos bairros afetados, incluindo os Flexais. Esse posicionamento gerou críticas por parte de Rodrigo Cunha (Podemos-AL), que enfatizou a capacidade financeira da mineradora para atender às necessidades dessa população carente, que enfrenta problemas como rachaduras em residências e um crescente isolamento social.