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Ataque terrorista do Hamas em Israel: o maior desde a criação do Estado e suas repercussões dramáticas.




Artigo sobre Israel: Um jovem país de 76 anos

Foto de Leonid Altman/Pexels

Com Sofia Débora Levy

O nosso sonho de retorno à Terra Prometida, Sion, é um desejo do povo judeu que caminha pela história, cultura e religião judaica desde os tempos bíblicos. E foi essa aspiração sionista que ajudou o povo judeu na diáspora a suportar e manter a esperança mesmo com distorções, perseguições e tentativas de extermínio executadas por grupos que promoveram, entre outras atrocidades, as cruzadas, a inquisição, a culpabilização dos judeus pela peste que assolou a Europa, além de inúmeros preconceitos que configuram o antissemitismo, com trágicas consequências para a sua sobrevivência ao longo do tempo.

Com o Nacionalismo, passamos a nos dividir geopoliticamente em países e, com isso, o movimento sionista político tomou forma para promover a criação do Estado Judeu. Com as duas grandes guerras mundiais, as negociações nessa direção foram atrasadas e prejudicadas, mas as aspirações continuavam e, depois do Holocausto, a esperança de muitos sobreviventes judeus reforçou esses apelos.

No dia 29/11/1947, as Nações Unidas, reunidas em Assembleia Geral, votaram pela criação de 2 Estados na região da Palestina, então Protetorado Britânico. O brasileiro, Oswaldo Aranha, presidiu a sessão que decidiu pela partilha da região para criação do Estado de Israel e do Estado Palestino. No entanto, a proposta não foi aceita pelo lado Palestino e seus países árabes apoiadores. Após várias tentativas de negociações, em 14/5/1948, foi declarada a independência do Estado de Israel. Menos de 24h depois, países opositores declararam guerra.

Desde então, os períodos de paz e guerra se alternam; várias tentativas de acordo de paz foram feitas – algumas com sucesso, outras não. Ainda hoje, há grupos e países que não reconhecem a legitimidade da existência do Estado de Israel e combatem o sionismo. Por ser o único Estado judeu no mundo, o antissionismo facilmente inclui manifestações antissemitas, inclusive promovidas por grupos terroristas – a mais brutal foi o ataque do Hamas no dia 7/10/2023. *Esse que foi o maior ataque terrorista desde a criação do Estado de Israel e trouxe consequências dramáticas imediatas, com milhares de mortos no local, e outras que ainda temos a tristeza de testemunhar, como os 132 reféns em poder do Hamas.

Em memória dos soldados que perdemos nas guerras ao longo de sua história, e, também das vítimas judias dos ataques terroristas ao redor do mundo, o Estado de Israel instituiu o Iom HaZikaron, Dia de Memória, celebrado um dia antes do Iom HaAtzmaut, Dia da Independência. Aqui no Brasil, segundo dados de um levantamento conjunto da Confederação Israelita do Brasil (Conibe) e da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), o antissemitismo está em alta, com aumento de quase 1.000% após o início da guerra entre Israel e Hamas, no dia 7 de outubro. Para combater a onda de antissemitismo, a organização intergovernamental International Holocaust Remembrance Alliance (IHRA) criou uma definição de antissemitismo que vem sendo adotada por instituições, cidades, estados em vários países – inclusive no Brasil. A cidade do Rio foi a primeira cidade brasileira a aderir a essa definição, no dia 3/11/2023. Um ato em prol da boa convivência entre as diversas culturas e religiões que constituem o mosaico brasileiro e um reconhecimento à contribuição dos judeus para o engrandecimento da Cidade Maravilhosa e do Brasil, nas áreas das artes, ciências, comércio, indústria e educação, desde o descobrimento até os dias de hoje.

Israel é um jovem país que celebra 76 anos, mas ainda com inúmeros desafios para alcançar a tão esperada convivência pacífica no Oriente Médio. Enquanto isso, a Terra Prometida segue alimentando corações e mentes no mundo todo!

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