
Na última semana, a deputada federal Júlia Zanatta, do Partido Liberal de Santa Catarina, gerou polêmica ao anunciar a venda de uma boneca que, segundo ela, é destinada a “espantar comunistas”. A parlamentar, conhecida por sua postura alinhada ao presidente Jair Bolsonaro, divulgou um vídeo nas redes sociais onde a boneca segura uma arma na mão, simbolizando uma suposta defesa contra os ideais de esquerda.
O vídeo da propaganda da deputada bolsonarista repercutiu nas redes sociais e gerou críticas por parte de opositores políticos e movimentos sociais. A boneca foi personalizada em homenagem à própria parlamentar, retratando sua imagem característica, com tiara de flores no cabelo e expressão combativa. A iniciativa foi realizada por uma artista catarinense, que desenvolveu a miniatura da deputada com o intuito de fortalecer sua identidade política e posicionamentos públicos.
A venda da boneca para ‘espantar comunista’ levantou questionamentos sobre a polarização política e os discursos de ódio presentes no atual cenário brasileiro. Enquanto apoiadores da deputada aplaudem a iniciativa como uma forma de manifestação política legítima, críticos afirmam que a promoção da violência simbólica e a disseminação do discurso anti-comunista contribuem para um ambiente de intolerância e radicalização.
Diante da repercussão do caso, Júlia Zanatta reafirmou sua posição ideológica e destacou que a boneca representa sua defesa da liberdade de expressão e da soberania nacional. A parlamentar bolsonarista enfatizou que a peça colecionável é uma forma lúdica de manifestar suas convicções políticas e ressaltou que a venda do produto não tem intenção de incitar a violência, mas sim valorizar a cultura patriótica e conservadora.
Em meio à controvérsia provocada pela venda da boneca ‘anti-comunista’, a sociedade brasileira se vê novamente diante de debates acalorados sobre os limites da liberdade de expressão e a legitimação de discursos discriminatórios. O episódio evidencia as tensões políticas e ideológicas que permeiam o país, reforçando a necessidade de um amplo diálogo democrático e respeitoso para a construção de uma sociedade mais inclusiva e plural.