História: Zeppelin gigante sobrevoa o Rio de Janeiro e marca época com sua imponência nos céus da cidade


O céu do Rio de Janeiro foi palco de um espetáculo histórico que encantou milhares de pessoas. Um objeto gigante ganhou a atenção de todos, deslizando pelos ares da cidade. O dirigível Zepelim fez uma jornada inesquecível pelas ruas, praias e bairros cariocas, deixando sua marca na história da região.
A primeira viagem transatlântica de um dirigível entre a Alemanha e a América do Sul ocorreu em maio de 1930. O LZ 127 Graf Zeppelin partiu de Friedrichshafen e pousou no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, após uma trajetória impressionante. O pesquisador Fernando Barreto relata que a passagem do Zeppelin atraiu uma multidão de espectadores nas ruas da cidade.
Após essa viagem inaugural de sucesso, os zeppelins realizaram mais viagens ao Brasil em 1931 e 1932, fortalecendo a conexão entre os continentes. A empresa alemã Luftschiffbau-Zeppelin GmbH obteve autorização para construir um aeroporto em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, visando facilitar as operações das aeronaves.

O hangar construído por engenheiros alemães em Santa Cruz foi inaugurado em 1936 na presença do presidente Getúlio Vargas. No mesmo ano, em março, o LZ 129 Hindenburg iniciou voos regulares para o Rio de Janeiro, trazendo consigo uma nova era de transporte aéreo.
O Museu Aeroespacial destaca que o LZ 129 Hindenburg era um gigante dos ares, com dimensões impressionantes e capacidade para transportar passageiros em grande estilo. No entanto, a tragédia que ocorreu nos Estados Unidos, com a explosão do dirigível e a eclosão da Segunda Guerra Mundial, marcaram o fim da era dos zeppelins.
Em 1937, o último Zeppelin decolou de Santa Cruz, encerrando um capítulo importante na história da aviação. O antigo Aeroporto Bartolomeu de Gusmão foi transformado em uma base aérea, preservando o Hangar do Zeppelin como patrimônio histórico.
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