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CBF em silêncio: mulher na chefia da delegação se posiciona sobre casos de Robinho e Daniel Alves, criticando a impunidade.






Manifestações sobre casos de estupro no futebol

Ninguém fala nada. Mas eu, como
mulher aqui na chefia da delegação, tenho que me posicionar sobre os casos do Robinho e Daniel Alves. Isso é um tapa na
cara de todas nós mulheres, especialmente o caso do Daniel Alves, que pagou pela liberdade. Leila foi ao ponto: “Cada caso
de impunidade é a semente do crime seguinte.”

Quando, de raro
em raro, o castigo tardio chega, a corporação abraça os criminosos. Os franceses inventaram o esprit de corps. A
CBF e o mundo do futebol criaram o esprit de porc. Só os surdos não conseguem ouvir a eloquência da mudez da entidade
que representa a corporação.

A execução no Brasil da
pena de prisão decreta contra Robinho pela Justiça da Itália é um fato histórico. Apurando-se os tímpanos, é fácil escutar a
mensagem embutida na ausência de manifestação da CBF.

As palavras não-ditas
pelos dirigentes da entidade gritam que a entidade dá de ombros para a evidência de que se tornou cúmplice
silenciosa do crime de estupro.

Sempre há tempo para atenuar um grande vexame. Mas a CBF precisa cuidar dos minutos, porque as horas
passam. Quem mata o tempo diante de casos de estupro não é apenas assassino da própria história. É suicida.

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