Prefeitura de Petrópolis aciona a Justiça para a desapropriação da ‘Casa da Morte’ e criação do Memorial de Liberdade, Verdade e Justiça.
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Prefeitura de Petrópolis aciona a Justiça para a desapropriação da ‘Casa da Morte’
Por meio de uma ação protocolada na 4ª Vara Cível da Comarca de Petrópolis, a Prefeitura de Petrópolis busca a desapropriação da “Casa da Morte”, um imóvel que foi palco de torturas e assassinatos durante os governos militares brasileiros. O objetivo é transformar o local em um Memorial de Liberdade, Verdade e Justiça, visando a preservação histórica e a conscientização sobre os crimes cometidos no passado.
A desapropriação conta com o apoio do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), que se comprometeu a disponibilizar recursos financeiros para o processo. Em um encontro recente, representantes da Prefeitura e do MDH discutiram estratégias para dar andamento ao projeto.
O prefeito Rubens Bomtempo destacou a importância da ação: “A desapropriação dessa casa usada para assassinar e torturar cidadãos e cidadãs brasileiros é uma luta que começou lá atrás, mas por falta de recursos não conseguimos concretizar. Agora, com o comprometimento do Ministério dos Direitos Humanos estamos confiantes que o processo será finalizado e que vamos conseguir instalar naquele local um memorial para as vítimas da ditadura para que esta parte triste da nossa história nunca mais se repita”.
O secretário de Governo, Marcus São Thiago, também enfatizou a relevância da iniciativa, ressaltando que a Procuradora Vanessa Seguezzi, do Ministério Público Federal, teve papel fundamental no processo. São Tiago defende que a gestão do Memorial seja conduzida pela Universidade Federal Fluminense (UFF), garantindo a continuidade do projeto independente de mudanças políticas.
O procurador Geral do Município, Miguel Barreto, salientou que a desapropriação da “Casa da Morte” sempre foi um interesse das administrações locais, visando a criação de um espaço para a defesa dos Direitos Humanos e da democracia.
Esse movimento representa um marco histórico na busca pela preservação da memória de um período sombrio da história brasileira. A iniciativa conta com o apoio de diversas entidades e promete transformar um lugar de sofrimento em um local de reflexão e conscientização sobre os direitos humanos e a importância da democracia.