
Na manhã deste sábado (27), ministros do governo Lula (PT) participaram de um ato político em comemoração aos 40 anos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e fizeram um desagravo a José Genoino, ex-presidente do PT.
O Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, expressou sua “homenagem e solidariedade” a Genoino, afirmando que ele está sofrendo “perseguição” devido à defesa da causa do povo palestino. Já Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, também se solidarizou com Genoino e os palestinos, pedindo o fim da guerra no Oriente Médio.
O ato ocorreu na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP), onde também foi destacada a fundação do MST em janeiro de 1984, no 1º Encontro Nacional do movimento, em Cascavel (PR).
No entanto, as declarações de Genoino em um programa no YouTube do site de esquerda Diário do Centro do Mundo geraram controvérsia. Ele defendeu o boicote a empresas de judeus no Brasil e apoiou a denúncia apresentada pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça por suposto genocídio de Israel na guerra contra o Hamas, o que foi repudiado pela Conib (Confederação Israelita do Brasil).
Ao longo do evento, líderes do MST expressaram insatisfação com a lentidão no avanço dos assentamentos no primeiro ano do terceiro mandato de Lula. Paulo Teixeira afirmou que o governo e o MST estabelecerão um “clima de crítica mútua” e construirão um ambiente de parceria para “colocar a reforma agrária para funcionar”.