Governo de Minas Gerais declara emergência de saúde devido à epidemia de dengue e chikungunya: mais de 11 mil casos confirmados.
Segundo as autoridades, foram registrados 11.490 casos confirmados de dengue e 3.067 casos confirmados de chikungunya no estado. Além disso, a situação é agravada pela predominância de infecções pelo sorotipo 1 da dengue, juntamente com a detecção de casos do sorotipo 3, que não circulava de forma epidêmica no Brasil há mais de 15 anos.
Diante desse quadro preocupante, o governo autorizou o governador Romeu Zema a tomar medidas administrativas para conter casos de arboviroses, incluindo a aquisição de insumos e materiais, bem como a contratação de serviços necessários ao atendimento da situação emergencial. Além disso, foi instalado o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses, coordenado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais, para o monitoramento e gestão da situação de emergência no estado.
O decreto, que terá validade pelo prazo de 180 dias, representa uma tentativa do governo de Minas Gerais de lidar com o surto de arboviroses que assola a região, buscando minimizar os impactos na população.
Por outro lado, o Ministério da Saúde anunciou que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. Essas cidades compõem 37 regiões de saúde consideradas endêmicas para a doença, atendendo a critérios como a alta transmissão de dengue e o predomínio do sorotipo DENV-2.
A vacinação será focada em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, uma faixa etária que registra um alto número de hospitalizações por dengue. Os dados revelam que, entre janeiro de 2019 e novembro de 2023, esse grupo representou 16,4 mil hospitalizações, ficando atrás apenas dos idosos. Essa ação visa combater a propagação da doença e proteger a população mais vulnerável.
Com o aumento dos casos de dengue e chikungunya e a adoção de medidas emergenciais, as autoridades públicas buscam enfrentar essa preocupante situação de saúde pública em Minas Gerais. A combinação de esforços em diferentes frentes, como aquisição de insumos, vacinação e monitoramento, mostra a gravidade do problema e a necessidade de uma resposta coordenada para proteger a população do estado.
