DestaqueDiário do Rio

Plano Estadual de Combate à Dengue é anunciado pelo Governo do Rio em meio à crescente de casos



Plano Estadual de Combate à Dengue no Rio de Janeiro

O Governador do Rio, Cláudio Castro, e a Secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, anunciaram na manhã desta sexta-feira (26/01) um Plano Estadual de Combate à Dengue, uma iniciativa abrangente que contempla tecnologia, capacitação e apoio aos 92 municípios do Rio de Janeiro. De acordo com o anúncio, estão previstas a montagem de 80 salas de hidratação, distribuídas nos municípios com maior incidência de casos, com capacidade para atender até 8 mil pacientes diariamente, num investimento total de R$ 3,7 milhões.

Um dos destaques do plano é o treinamento de 2.000 médicos de emergência e profissionais de saúde de todos os municípios para garantir diagnósticos mais precisos e tratamentos adequados, incluindo a capacitação no atendimento a gestantes infectadas. Além disso, 160 leitos de nove hospitais de referência do estado podem ser adaptados para o tratamento da dengue, de forma semelhante ao que foi feito durante a pandemia de Covid-19.

Em suas palavras, Cláudio Castro enfatizou que o Plano Estadual de Combate à Dengue já está em vigor, ressaltando as ações diárias realizadas para minimizar o impacto da doença. Segundo o governador, nos primeiros 12 dias de 2024, o Brasil notificou mais de 120 mil casos prováveis de dengue. “Estamos atuando em apoio aos municípios, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde. O governo está preparado para receber e distribuir as vacinas e dar todo o suporte à população”, destacou Castro.

O boletim semanal da Central de Inteligência em Saúde (CIS) revela um cenário preocupante no estado. Segundo os dados, o Rio de Janeiro mantém uma forte tendência de aumento, com números significativamente acima da média histórica. Nas três primeiras semanas de janeiro, foram registradas 9.963 notificações de casos prováveis de dengue, representando um aumento de 587% em relação ao mesmo período de 2023. Além disso, oito das nove regiões do estado apresentam números acima da média, com destaque para Resende, Itatiaia e Rio das Ostras, que estão com alta acima do esperado.

A Secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, explicou que a CIS realiza monitoramento diário em tempo real da incidência de casos de dengue em todas as cidades do estado. Essa análise de dados permite ao governo direcionar as ações necessárias para conter o avanço dos casos e garantir cuidados à população. “Mas é fundamental que as prefeituras atuem conosco nesta tarefa e nos informem suas necessidades para que possamos agir rápido e apoiá-las com envio de equipamentos, insumos e promovendo o treinamento de suas equipes”, ressaltou Mello.

No Rio de Janeiro, circulam os sorotipos 1 e 2 do vírus da dengue, com um caso identificado do sorotipo 4, mas sem circulação. O sorotipo 3, ausente no Rio desde 2007, está em circulação em Minas Gerais e São Paulo. A Vigilância Epidemiológica da SES-RJ monitora os sorotipos nas rodovias que conectam o estado a outras regiões do Sudeste, enviando amostras de mosquitos ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen).

A Organização Panamericana de Saúde (Opas) proporcionou treinamento teórico e prático à equipe da SES-RJ, simulando uma resposta a uma possível epidemia. Esse treinamento incluiu apoio às prefeituras na elaboração de planos de contingência. Quanto à vacinação, conforme o Ministério da Saúde, a vacina contra a dengue estará disponível a partir de fevereiro. Neste primeiro momento, serão contemplados os municípios de grande porte com alta transmissão do vírus nos últimos 10 anos. O público-alvo são crianças e jovens de 10 a 14 anos, com esquema vacinal de duas doses e intervalos de três meses.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo