
Há provas contundentes de que Carlos Afonso Gonçalves estava lotado na Abin quando houve o monitoramento do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, o ministro Gilmar Mendes, o ministro Alexandre de Moraes, o então governador do Ceará, Camilo Santana, e mais quatro deputados federais. Reinaldo Azevedo
O monitoramento tinha o objetivo de tentar produzir provas que favorecessem Flávio Bolsonaro no caso das raxadinhas, e Renan Bolsonaro, que teve envolvimento com um empresário que tinha negócios com o governo federal. Além do afastamento de Gonçalves, a PGR também fez um pedido de cooperação com outros órgãos para investigações.
Outra decisão, também à pedido da PGR, o Ministério Público não vê obstáculos para que se conceda a autorização para a requerida cooperação interinstitucional com a CGU em investigações e inquéritos que envolvem, inclusive, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Reinaldo Azevedo
Por fim, o colunista do UOL destacou que há dois dias Bolsonaro publicou uma mensagem enigmática dizendo que “coisas duras viriam pela frente”, mas afirmou que a Polícia Federal não será intimidada.
Essa gente pode chiar e reclamar à vontade e prometer retaliação, mas não vai adiantar e não vão conseguir intimidar a Polícia Federal e não vão conseguir intimidar o Supremo. Reinaldo Azevedo
***
Recentemente, provas contundentes apontam que Carlos Afonso Gonçalves estava lotado na Abin no momento em que ocorreu o monitoramento de diversas personalidades importantes do cenário político brasileiro, como o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, o então governador do Ceará, Camilo Santana, e mais quatro deputados federais. Estas informações foram divulgadas por Reinaldo Azevedo, conhecido jornalista e analista político.
Segundo Azevedo, o objetivo do monitoramento era tentar produzir provas que favorecessem Flávio Bolsonaro no caso das raxadinhas, assim como seu irmão, Renan Bolsonaro, que estava envolvido com um empresário que mantinha negócios com o governo federal. Diante dessa situação, a Procuradoria-Geral da República solicitou o afastamento de Gonçalves e também pediu cooperação com outros órgãos para investigar o caso.
Ainda de acordo com Reinaldo Azevedo, em resposta ao pedido da PGR, o Ministério Público avaliou que não existem obstáculos para conceder a autorização para a cooperação interinstitucional com a Controladoria-Geral da União em investigações e inquéritos que envolvem, inclusive, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, o jornalista destacou que recentemente o presidente Jair Bolsonaro publicou uma mensagem enigmática indicando que “coisas duras viriam pela frente”, mas ressaltou que a Polícia Federal não será intimidada, ainda que haja reclamações e promessas de retaliação por parte de alguns setores. Azevedo afirmou: “Essa gente pode chiar e reclamar à vontade e prometer retaliação, mas não vai adiantar e não vão conseguir intimidar a Polícia Federal e não vão conseguir intimidar o Supremo.”
Essa situação tem gerado grande repercussão e levantado debates sobre a atuação das instituições e a influência do governo federal em investigações e processos judiciais. A sociedade aguarda agora os desdobramentos desses acontecimentos e as respostas das autoridades envolvidas.