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Deputado instala 272 cruzes em Brasília em memória das vítimas de Brumadinho e pede justiça pelo rompimento da barragem.

Nesta quinta-feira (25), o gramado central da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi o palco para a instalação de duzentas e setenta e duas cruzes de madeira em frente ao Congresso Nacional. A iniciativa partiu do deputado federal Pedro Aihara (Patriota-MG) e teve como objetivo pedir justiça para as vítimas do rompimento trágico da barragem da mina Córrego do Feijão, localizada em Brumadinho (MG), região metropolitana de Belo Horizonte.

O rompimento da barragem, pertencente à mineradora Vale, completou cinco anos no momento em que as cruzes foram instaladas, lembrando as 270 vítimas fatais, incluindo duas mulheres grávidas, que perderam suas vidas na tragédia. Ainda, os corpos de três vítimas nunca foram encontrados, aumentando ainda mais a dor e o sofrimento das famílias afetadas.

Cada uma das 272 cruzes colocadas diante do Congresso Nacional tinha o nome de uma das vítimas fatais do rompimento da barragem I (B1), evento que causou o colapso de outras duas barragens (B-IV e B-IV-A) da mesma mina. Os danos foram extensos, atingindo rios, cursos d´água e afetando ao menos 26 cidades em Minas Gerais, resultando em prejuízos ambientais e socioeconômicos para toda a região.

Além disso, as investigações feitas pela Polícia Federal (PF) resultaram no indiciamento de 19 pessoas, cujos nomes não foram divulgados devido ao sigilo do inquérito. O relatório final sobre a apuração foi entregue ao Ministério Público Federal (MPF), que terá a responsabilidade de decidir se encaminha à Justiça Federal a denúncia contra os 19 indiciados. No entanto, o MPF se absteve de comentar os resultados do inquérito, justificando o sigilo das informações.

Por meio de suas redes sociais, o deputado federal Pedro Aihara expressou sua mensagem de “grito por justiça” para as vítimas de Brumadinho, reforçando a importância de evitar que outras famílias passem pela mesma tragédia. Aihara esteve diretamente envolvido nas buscas às vítimas, atuando no Corpo de Bombeiros de Minas Gerais durante o período do rompimento.

Dessa forma, a instalação das 272 cruzes em Brasília serviu como um lembrete doloroso das vidas perdidas e também como um apelo por justiça e prevenção de futuras tragédias semelhantes. O pedido por responsabilização e mudanças para evitar novas catástrofes ambientais continua sendo uma questão crucial para as comunidades afetadas e para a sociedade como um todo.

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