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Robôs de serviço nos restaurantes: como a automação está mudando a experiência dos clientes e dos funcionários.




Artigo Jornalístico


Rapidez e Emoção: Robôs nos Restaurantes Americanos

No cenário acolhedor de um restaurante da cadeia Denny’s, em Long Beach, na Califórnia, a presença de um robô de 1,20 m de altura chamou a atenção dos clientes. Recentemente, durante uma tarde de quinta-feira, Diane Deconnick foi surpreendida por Lily, o robô garçom que até então apenas ouvira falar. Com bandejas vazias, exceto por uma sopa e uma salada com frango frito, Lily se aproximou da mesa de Deconnick com uma mensagem digital: “A comida chegou”. Essa interação entre humano e máquina revela a crescente presença da automação nos restaurantes americanos.

Enquanto a promessa de hambúrgueres grelhados por robôs e baristas automáticos sempre esteve próxima, a automação nos restaurantes ainda é uma novidade nos Estados Unidos. Os avanços tecnológicos permitem que robôs e assistentes de inteligência artificial realizem tarefas complexas, mas a aceitação emocional dos consumidores é fundamental para determinar a rapidez da transição para restaurantes automatizados.

O Professor Michael Giebelhausen, da Universidade Clemson, destaca a importância de considerar as preferências dos consumidores na integração de robôs nos restaurantes. Estudos indicam que os clientes valorizam a conexão humana ao frequentar esses estabelecimentos. Apesar da eficiência dos garçons robóticos e das tecnologias de autoatendimento, a interação com seres humanos ainda é essencial para a experiência gastronômica.

Além das preferências dos consumidores, o impacto emocional nos funcionários dos restaurantes também é relevante. Pesquisas mostram que a comunicação clara sobre a introdução de robôs no ambiente de trabalho pode ajudar a diminuir os medos dos colaboradores em relação à automação. A falta de diálogo prévio pode levar à frustração e ressentimento por parte da equipe.

Empresas como a Bear Robotics têm investido em robôs de serviço para auxiliar no transporte de alimentos pesados, aliviando o trabalho físico dos garçons. A automação na sala de jantar traz benefícios operacionais, especialmente em locais com altos salários e ausências por doença frequentes.

Embora a automação das cozinhas ainda enfrente desafios logísticos e resistência por parte dos franqueados, a tendência aponta para uma maior integração de tecnologias como aplicativos de pedidos por smartphones. Apesar das dúvidas sobre a capacidade dos robôs de cozinhar com amor, a eficiência e a precisão da automatização na preparação de alimentos apontam para um futuro cada vez mais digital nos restaurantes americanos.


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