Abertura do mercado livre de energia atrai mais de 3 mil consumidores desde o início do ano, com redução de custos em torno de 20%

Desde o início do ano, mais de 3 mil consumidores notificaram o encerramento dos contratos com distribuidoras de energia elétrica para migrar para o mercado livre de energia. Esse movimento marca o primeiro mês de vigência da abertura desse modelo para consumidores do grupo A, de média e alta tensão, que agora têm a opção disponível, já acessível às grandes indústrias.
A possibilidade de migrar para o mercado livre de energia é vista como uma oportunidade de baratear as contas de energia das empresas em torno de 20%. Marcelo Loureiro, conselheiro da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, destaca o potencial de negócios que podem se beneficiar desse mercado.
Segundo Loureiro, mais de 12 mil pequenas e médias empresas já demonstraram interesse em ingressar no ambiente livre nos próximos anos, e estima-se que entre 20 e 24 mil empresas possam aderir. Atualmente, há 38 mil unidades consumidoras no segmento livre, o que significa que a quantidade de aderentes pode aumentar esse número em até 50% apenas neste ano.
A medida determina que os consumidores escolham um comercializador varejista habilitado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, com mais de 100 agentes varejistas já habilitados. Ao ingressar nesse mercado, os consumidores continuam vinculados às distribuidoras, que dispõem da rede por onde a energia passa, mas podem escolher o fornecedor, tempo de contrato, preço e tipo de energia, inclusive optando por fontes de energias renováveis.
Dante Beneveni, CEO da Urca Trading, empresa do Grupo Urca Energia, uma das empresas comercializadoras habilitadas para atuar no mercado livre de energia, destaca que a redução de custos pode chegar a três faturas por ano e cita outros benefícios, como o poder de escolha e a possibilidade de ter mais opções de fornecedor de energia.
A abertura do mercado livre de energia deve beneficiar indústrias e serviços de pequeno e médio porte, como supermercados, padarias, redes de postos de combustíveis e outros negócios que estejam no grupo A de consumo. Essa informação pode ser conferida na conta de energia. Com essa nova possibilidade, a tendência é que mais empresas optem por migrar para o mercado livre em busca de redução de custos e maior flexibilidade nas escolhas energéticas.