Desastres socioambientais atingem recorde em 2023, aponta Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais

Esses desastres não foram distribuídos de forma aleatória, concentrando-se principalmente em capitais e regiões metropolitanas, com a maior parte localizada na faixa leste do país. O Cemaden emitiu um total de 3.425 alertas para os municípios monitorados, sendo 1.813 registros hidrológicos e 1.612 geohidrológicos. Esse foi o terceiro maior quantitativo de emissão de alertas de desastres desde a criação do Centro em 2011.
Ao monitorar 1.038 municípios, o Cemaden alertou as regiões metropolitanas, o Vale do Taquari no Rio Grande do Sul, e o Vale do Itajaí em Santa Catarina. Além disso, Petrópolis liderou o ranking de cidades que receberam alertas, seguida por São Paulo e Manaus.
As temperaturas mais quentes em 2023, com uma média global 1.45 ºC acima dos níveis pré-industriais, contribuíram para a intensificação de chuvas, enxurradas e ciclones extratropicais com potencial destrutivo, resultando em mortes e prejuízos econômicos. Estes dados alertam para a urgência de medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, a fim de evitar a ocorrência de desastres ainda mais devastadores no futuro.
A preocupação com a frequência e a intensidade desses eventos também se faz presente, especialmente diante do impacto socioambiental e da perda de vidas humanas. A análise do Cemaden sugere a necessidade de fortalecer as ações de prevenção e gestão de riscos, visando a proteção das populações vulneráveis e a preservação dos ecossistemas.