
Protestos na Bolívia pedem renúncia de juízes após inabilitação de Evo Morales
Os produtores de coca, conhecidos como cocaleiros, estão bloqueando várias estradas na Bolívia pelo terceiro dia consecutivo. O motivo dos protestos é a exigência pela renúncia dos juízes que inabilitaram o ex-presidente Evo Morales como candidato às eleições presidenciais de 2025.
Com pedras, troncos e pneus em chamas, os manifestantes interrompem o trânsito nas rodovias dos departamentos de Cochabamba, Oruro, Potosí e La Paz. A situação tem causado transtornos para os motoristas que tentam trafegar por essas regiões.
Segundo a Administradora Boliviana de Rodovias, foram registrados 16 pontos de bloqueio, sendo a maioria em Cochabamba, que é considerado o berço político de Evo Morales, que governou o país entre 2006 e 2019.
Os protestos refletem a instabilidade política que o país enfrenta desde a renúncia de Morales em 2019, em meio a denúncias de fraude eleitoral. A inabilitação do ex-presidente como candidato nas eleições de 2025 tem gerado tensões e insatisfação entre seus apoiadores, especialmente os cocaleiros, que são parte importante da base de apoio do líder político.
Não há previsão para o fim dos bloqueios, e as autoridades bolivianas tentam negociar com os manifestantes para resolver a situação de forma pacífica. Enquanto isso, a população local sofre com as consequências dos protestos, que impactam o tráfego e a circulação de mercadorias nas estradas bloqueadas.
O governo boliviano enfrenta um desafio delicado para lidar com a crise atual, que se tornou mais evidente com a mobilização dos cocaleiros. A pressão popular e as demandas por justiça e mudanças políticas continuam a moldar o cenário do país, que busca estabilidade e um caminho para superar os desafios enfrentados desde a turbulenta saída de Evo Morales do poder.