A Arábia Saudita planeja autorizar, pela primeira vez, a venda de bebidas alcoólicas a diplomatas não muçulmanos, disseram à AFP duas fontes próximas ao assunto, que pediram anonimato, nesta quarta-feira (24).
O álcool “será vendido a diplomatas não muçulmanos”, que até agora podiam obtê-lo importando-o apenas por meio da “mala diplomática”, disse uma das fontes.
A venda de bebidas alcoólicas é proibida por lei na Arábia Saudita desde 1952, pouco depois de um dos filhos do rei Abdulaziz ter ficado bêbado e, em um acesso de raiva, ter matado a tiros um diplomata britânico.
O governo da Arábia Saudita está considerando uma grande mudança em sua política em relação à venda de bebidas alcoólicas. Segundo fontes próximas ao assunto, o país planeja autorizar, pela primeira vez, a venda de bebidas alcoólicas a diplomatas não muçulmanos. A venda será realizada de forma legal e não mais através da “mala diplomática”, como era feito anteriormente. Essa medida representa uma mudança significativa na política de proibição de álcool do país, que está em vigor desde 1952.
De acordo com relatos, a proibição da venda de álcool foi implementada após um incidente em que um dos filhos do rei Abdulaziz ficou bêbado e acabou matando a tiros um diplomata britânico, em um momento de raiva. Desde então, a venda e o consumo de bebidas alcoólicas têm sido estritamente proibidos no país, em conformidade com a lei islâmica.
A decisão de autorizar a venda de bebidas alcoólicas a diplomatas não muçulmanos representa um afrouxamento significativo da política de proibição do álcool na Arábia Saudita. Isso pode ser visto como um sinal de abertura e flexibilização por parte do governo saudita, que está buscando melhorar suas relações diplomáticas com outros países, especialmente aqueles cujas práticas sociais e culturais diferem das suas.
Apesar de ser uma mudança significativa, é importante notar que a venda de álcool continua sendo proibida para a população em geral, e as leis em relação ao consumo de álcool permanecem inalteradas. A medida se aplica apenas a diplomatas não muçulmanos e não representa uma liberalização geral das leis relacionadas ao álcool no país.
