Um encontro no Palácio do Itamaraty em Brasília contará com a presença de Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tentou mediar entre Caracas e Georgetown para evitar um eventual conflito na região.
O Brasil, que compartilha quase 800 quilômetros de fronteira com o Essequibo, mobilizou militares na região, e um alto assessor de Lula participou de uma reunião entre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e seu homólogo da Guiana, Irfaan Ali, em 14 de dezembro em São Vicente e Granadinas.
Com um aperto de mãos entre os líderes, os dois países encerraram a reunião concordando em não usar a força na controvérsia, embora não tenham aproximado suas posições opostas sobre a disputa territorial.
A Venezuela reivindica a soberania do Essequibo, um território de 160.000 km² administrado pela Guiana, onde grandes depósitos de petróleo foram descobertos em 2015 e, no último trimestre do ano passado, Georgetown concedeu licenças para exploração de petróleo.
A frágil trégua foi quebrada com a chegada às costas da Guiana, nos últimos dias de dezembro, de um navio de guerra do Reino Unido, antigo poder colonial no pequeno país sul-americano.
Em resposta, Maduro ordenou exercícios militares com mais de 5.600 membros das forças armadas venezuelanas.
O possível conflito entre Venezuela e Guiana preocupa a comunidade internacional em meio às tensões sobre a disputa territorial. A presença do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, no Palácio do Itamaraty em Brasília, reflete o empenho do governo brasileiro em mediar a situação delicada entre os países.
A mobilização de militares brasileiros na região próxima ao Essequibo demonstra a preocupação do país com um possível conflito armado. Além disso, a participação de um alto assessor do presidente Lula na reunião entre Nicolás Maduro e Irfaan Ali em São Vicente e Granadinas evidencia os esforços diplomáticos para evitar um agravamento da situação.
A disputa pela soberania do Essequibo é um dos principais pontos de tensão entre Venezuela e Guiana, especialmente após a descoberta de grandes depósitos de petróleo na região. A concessão de licenças para exploração de petróleo pela Guiana no último trimestre do ano passado agravou ainda mais o conflito.
A presença de um navio de guerra do Reino Unido nas costas da Guiana e a ordem de Maduro para exercícios militares na Venezuela sinalizam uma escalada das tensões, o que preocupa a comunidade internacional. A contínua disputa territorial entre os países tem potencial para desencadear um conflito armado na região, o que poderia ter impactos significativos em toda a América do Sul.
Diante desse cenário, é essencial que os esforços diplomáticos, como os conduzidos pelo Brasil, continuem a ser realizados para buscar uma solução pacífica para a disputa entre Venezuela e Guiana. A comunidade internacional deve estar atenta e engajada para evitar um desfecho trágico para essa controvérsia territorial.