Manifestantes do MPL são indiciados por tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito após manifestação em SP.

Durante a manifestação que ocorreu na Praça da República, localizada no centro de São Paulo, quatro homens, de 22, 23, 25 e 19 anos, e uma mulher de 18 anos foram presos. Além disso, um menor de 16 anos foi apreendido e entregue aos responsáveis após assinar um termo de compromisso para apresentação à Justiça. Os cinco adultos foram liberados provisoriamente mediante o pagamento de fiança no valor de R$ 1 mil e estão proibidos de deixar a Comarca de São Paulo por mais de 8 dias sem autorização judicial.
Os advogados que participaram da defesa dos detidos consideraram as prisões ilegais, afirmando que a abordagem dos manifestantes foi discriminatória e sem motivação. A prisão em flagrante foi considerada legal pelo juiz da audiência de custódia, que avaliou que há indícios de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e associação criminosa.
Os manifestantes também foram alvo de fortes críticas por parte dos advogados. Eles destacaram que as prisões foram ilegais, com abordagens sem motivação e de forma discriminatória. O advogado Jorge Ferreira destacou que as prisões foram ilegais, com abordagens sem motivação, com ações discriminatórias.
O protesto contou com a presença de um grande número de policiais, incluindo a Tropa de Choque, a Força Tática e o Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep). Antes mesmo do início do ato, foram realizadas prisões dentro da estação República do metrô. Os manifestantes reclamaram da forte repressão policial, afirmando que não podem aceitar a criminalização da luta social.
Em resposta, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que a polícia atuou de modo preventivo, visando evitar danos ao patrimônio e a pessoas. Durante o ato, os policiais abordaram os manifestantes, encontrando facas, tesouras, estilete, explosivos plásticos, baterias e escudos, além de apreenderem os celulares dos detidos.