DestaqueUOL

3 gestações, musical polêmico e críticas: Claudia Raia em entrevista exclusiva fala sobre maternidade, arte e polêmicas




Artigo sobre Claudia Raia

Tarsila, a Brasileira: a incrível história por trás das cortinas

Todas as noites, quando já se prepara para tirar uma soneca gostosa, Luca, prestes a completar um aninho, observa um vulto de 1,78 metro de envergadura se curvar em seu berço. Seus olhos se esbugalham diante de uma mulher com o rosto todo pintado, os lábios delineados pelo rouge. Luca só se acalma ao reconhecer aquela voz de contralto, bem anasalada —é a sua mamãe, que chegou do trabalho.

Ela está de volta. Aos 57 anos, Claudia Raia vive Tarsila do Amaral em “Tarsila, a Brasileira”, peça que entra em cartaz na quinta-feira, dia 25, no Teatro Santander.

Sua terceira gestação, fruto do casamento com o ator Jarbas Homem de Mello, que na peça interpreta Oswald de Andrade, causou debates acalorados nas redes sociais. Parte do movimento feminista achou que a atriz prestou um desserviço ao anunciar uma gravidez natural, estando ela na menopausa.

Raia não está nem aí. “Tirei as mulheres do sofá da menopausa”, ela afirma.

Com o tempo, Raia se tornou também produtora, o que chama a atenção de uma parcela da sociedade. Afinal, ela precisa captar verba por meio das leis de incentivo, sobretudo da Lei Rouanet, tão criticada pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Até Regina Duarte, ex-secretária de Cultura de Bolsonaro, participou da discussão, compartilhando uma postagem no Instagram que acusava Raia de ser comunista e satanista. “A importância da Lei Rouanet é total para o musical brasileiro. Me magoa o analfabetismo em relação a isso”, diz Raia.

Desde que apoiou o ex-presidente Fernando Collor de Mello nas eleições de 1989, Raia não quis mais declarar simpatia por político algum, o que só aguça a curiosidade por sua preferência ideológica.

Com a autorização de captar mais de R$ 7 milhões, Raia acredita que um musical sobre a identidade do país pode ajudar a unir as pessoas.

Do mesmo modo, Tarsila redescobriu a identidade brasileira, deglutindo os traços cubistas do espanhol Pablo Picasso e do francês Fernand Léger.

Em 1932, chega a ser presa no governo de Getúlio Vargas, acusada de comunismo.

Em vão. Tarsila seria novamente traída, ficando sozinha. Entre a maternidade na maturidade e o olhar humanista, é tentador fazer comparações entre as vidas de Tarsila e de sua intérprete.

Ademais, a artista afirma que a produção se guiou pela ideia de antropofagia para conceber o musical.

Sendo produtora e atriz, Raia acredita que há uma diversidade na realização de musicais no Brasil.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo