
Suécia não aumenta confiança para adesão à Otan, diz assessor húngaro
BUDAPESTE (Reuters) – A Suécia não fez nada para aumentar a confiança em sua aptidão para se tornar membro da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e parece que a adesão à aliança não é uma prioridade para o país, disse um assessor do primeiro-ministro da Hungria nesta quinta-feira.
O assessor do primeiro-ministro da Hungria, em declarações à imprensa em Budapeste, criticou a Suécia por não tomar medidas que poderiam reforçar a confiança na sua preparação para se juntar à Otan. Ele afirmou que, com base nas ações suecas, a adesão à aliança não parece ser uma prioridade para o país escandinavo.
As declarações do assessor húngaro surgem em meio a crescentes discussões sobre a possível adesão da Suécia à Otan, em meio a preocupações com a segurança na região do Mar Báltico. A Suécia, que não é membro da Otan, tem sido objeto de especulações sobre uma possível adesão, especialmente diante das tensões com a Rússia.
Apesar de não ser membro da Otan, a Suécia participa regularmente de exercícios militares com países da aliança e tem fortalecido laços de cooperação com membros da Otan nos últimos anos. No entanto, as declarações do assessor húngaro indicam que ainda há dúvidas sobre a disposição da Suécia em buscar a plena adesão à aliança.
O posicionamento da Suécia em relação à Otan tem sido objeto de debates internos e um assunto sensível na política sueca. Enquanto alguns defendem a adesão como forma de garantir maior segurança diante da crescente assertividade russa, outros temem comprometer a tradicional política de neutralidade do país escandinavo.
Diante do impasse, o futuro da relação da Suécia com a Otan permanece incerto, mas as declarações do assessor do primeiro-ministro húngaro certamente acirram o debate sobre o papel da Suécia na política de segurança europeia.
(Reportagem de Gergely Szakacs)
(Tradução Redação São Paulo)