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Otan anuncia manobras militares de grande escala simulando confronto com “adversário de dimensão comparável” em exercício próximo da Rússia

As manobras militares anunciadas recentemente pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) têm gerado grande expectativa e repercussão. O general norte-americano Christopher Cavoli revelou que os exercícios vão simular um confronto contra um “adversário de dimensão comparável”, sem mencionar diretamente a Rússia, que atualmente representa a maior ameaça aos membros da Otan. Este anúncio ocorre próximo do aniversário de dois anos da invasão da Ucrânia pelas tropas de Vladmir Putin, o que reforça a natureza bastante delicada e tensa dessa situação.

O exercício militar contará com a participação da Suécia, que está buscando uma vaga na aliança militar, enfrentando forte oposição por parte da Rússia. A expectativa é que a iniciativa sirva como uma demonstração de unidade, força e determinação por parte dos integrantes da Otan, visando a proteção mútua, dos valores compartilhados e da ordem internacional fundamentada em normas.

A magnitude dessas manobras é notável, com a previsão de participação de 90 mil militares, além de cerca de 50 navios de guerra, 80 aviões e 1.100 veículos de combate de todos os tipos. Essa será a maior operação militar da Otan em décadas, superando inclusive o histórico exercício “Reforger” realizado em 1988, em meio à Guerra Fria. O Reino Unido também demonstra sua participação expressiva, enviando 20.000 soldados das três divisões das Forças Armadas para participar dos exercícios.

A decisão de reforçar as defesas na frente oriental da Otan surge em um momento crítico, diante da ofensiva russa na Ucrânia. A Aliança Atlântica enviou milhares de soldados para essa região, visando conter potenciais agressões e proteger seus interesses estratégicos. O almirante holandês Rob Bauer ressaltou que, apesar das perdas significativas sofridas pelas forças terrestres russas, a Marinha e a Força Aérea ainda representam desafios consideráveis.

Os combates intensos continuam, e embora os ataques russos sejam descritos como devastadores, a análise militar indica que essas ações não são significativas do ponto de vista das consequências militares. A tensão e a relevância geopolítica dessas manobras militares são inegáveis, à medida que as potências mundiais continuam a navegar em um terreno complexo e volátil.

Com informações da Agência Lusa, as expectativas em torno dessas manobras e sua consequente repercussão no cenário global permanecem em destaque, demonstrando a natureza sensível e crucial desse assunto.

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