Agência BrasilDestaque

Programa Farmácia Popular inicia distribuição de absorventes para população em situação de vulnerabilidade social

O Governo Federal anunciou que mais de 31 mil unidades credenciadas no programa Farmácia Popular passaram a distribuir absorventes para a população em situação de vulnerabilidade social. Segundo o Ministério da Saúde, a oferta é direcionada a grupos que vivem abaixo da linha da pobreza, estudantes de escolas públicas, pessoas em situação de rua, vulnerabilidade extrema e a população recolhida em unidades do sistema prisional.

De acordo com as informações divulgadas, podem receber absorventes mulheres brasileiras ou estrangeiras que vivem no Brasil, com idades entre 10 e 49 anos, inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e com renda familiar mensal de até R$ 218 por pessoa. Estudantes de instituições públicas de ensino também devem estar no CadÚnico, mas a renda familiar mensal por pessoa vai até meio salário mínimo (R$ 706). Já para pessoas em situação de rua, não há limite de renda. O público-alvo do programa abrange 24 milhões de pessoas.

Para garantir o benefício, é preciso apresentar um documento de identificação pessoal com número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a Autorização do Programa Dignidade Menstrual, em formato digital ou impresso, que deve ser gerada via aplicativo ou site do Meu SUS Digital – nova versão do aplicativo Conecte SUS. A aquisição de absorventes para menores de 16 anos deve ser feita pelo responsável legal. As orientações também estão disponíveis no Disque Saúde 136.

Em caso de dificuldade para acessar o aplicativo ou emitir a autorização, a orientação é procurar uma unidade básica de saúde (UBS). Pessoas em situação de rua também podem buscar nos centros de referência da assistência social, centros de acolhimento e equipes de Consultório na Rua. Para pessoas recolhidas em unidades do sistema penal, a entrega será coordenada e executada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com a distribuição realizada diretamente nas instituições prisionais.

A ação faz parte do Programa de Proteção e Promoção da Saúde e Dignidade Menstrual e envolve as áreas de Saúde, Direitos Humanos e Cidadania, Justiça e Segurança Pública, Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e Mulheres e Educação.

O Ministério da Saúde ressaltou que a iniciativa contribui para combater as desigualdades causadas pela pobreza menstrual e representa “um importante avanço para garantir o acesso à dignidade menstrual”. Segundo a nota do Ministério, a pobreza menstrual, associada aos tabus que ainda cercam essa condição, pode ocasionar evasão escolar e desemprego. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que uma em cada quatro meninas falta à escola durante seu período menstrual e cerca de quatro milhões sofrem com privação de higiene no ambiente escolar, como acesso a absorventes, banheiros e sabonetes.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo