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Chefe do Ministério Público desvenda trama envolvendo chefões do tráfico e autoridades em esquema de corrupção e poder.







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No dia 7 de janeiro, o Equador se viu diante de uma série de eventos chocantes envolvendo autoridades de alto escalão e organizações criminosas. Juízes, políticos, procuradores, policiais e até mesmo um ex-diretor da autoridade penitenciária foram acusados de favorecer grupos criminosos em troca de dinheiro, ouro, prostitutas, apartamentos luxuosos e outros privilégios.

A investigação que levou a essas descobertas foi conduzida por Diana Salazar, a primeira mulher negra a assumir o cargo de chefe do Ministério Público no Equador. Utilizando um estilo firme e resiliente, Salazar desvendou a trama após analisar milhares de chats e registros de chamadas telefônicas de um temido chefão do tráfico, assassinado durante um motim na prisão.

Desde então, a procuradora tem feito aparições públicas com um colete à prova de balas e com um robusto esquema de segurança. Em uma audiência, desafiou eventuais ameaças ao afirmar: “Digo com nome e sobrenome (…) agora, venham me matar”, ao pedir a prisão de oito novos suspeitos.

Em meio a essas revelações, o Equador se viu atacado por uma onda de violência por parte dos narcotraficantes. Explosões, agressões armadas à imprensa, tiroteios e centenas de reféns em prisões fizeram parte de uma série de eventos que resultaram em aproximadamente 20 mortes, colocando em xeque a soberania do Estado equatoriano.

– Salazar x Correa –

Diana Salazar, natural de Ibarra, no norte andino, conquistou seu espaço como uma figura firme e destemida. Em sua cidade natal, com cerca de 160.000 habitantes, ela revelou em uma entrevista que foi criada por sua mãe, uma psicóloga, que criou quatro filhos sozinha, mostrando toda sua determinação e coragem.


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