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Tensões geopolíticas e crise da dívida preocupam líderes africanos em meio a boom da inteligência artificial



Preocupações globais sobre a economia e a inteligência artificial

Embora os temores de recessão global tenham diminuído graças ao crescimento robusto nos EUA, há preocupações de que o aumento das tensões geopolíticas possa inviabilizar a recuperação. A desaceleração da China, segunda maior economia do mundo, também obscureceu as perspectivas de muitos países em desenvolvimento na África e na Ásia.

Outra questão que deve dominar a agenda são os níveis colossais de dívida que as economias em desenvolvimento, muitas delas na África, acumularam nos últimos anos para lidar com várias crises, como a pandemia de covid-19, a escassez de energia e as mudanças climáticas.

Atualmente, 3,3 bilhões de pessoas vivem em países que gastam mais em pagamentos de juros do que em educação ou saúde, de acordo com a ONU. Muitos países em desenvolvimento estão vendo seus cofres financeiros ficarem sob estresse em meio aos altos custos de alimentos e energia e aos custos mais elevados de empréstimos.

A situação da economia e a crise da dívida estarão no topo da agenda dos líderes africanos, que são esperados em grande número, liderados pelo presidente nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, e seu colega queniano, William Ruto.

Leonard Stiegeler, membro do “Coletivo África”, uma plataforma que promove os interesses africanos junto a investidores globais, explica que, quanto a África, “continua se tratando de criar confiança no continente como um centro vibrante de oportunidades atuais e futuras, especialmente, considerando-se o tamanho da sua população”.

“Além da criação de empregos e de mão-de-obra qualificada. A África é um local a ser considerado, e isso é algo que os líderes africanos devem promover”, destacou.

IA: um tema fundamental

O boom da inteligência artificial, que gera tanto oportunidades quanto dores de cabeça aos reguladores, é um dos principais tópicos deste ano, com uma série de painéis dedicados à revolução tecnológica.

Uma pesquisa anual de riscos publicada pelo Fórum Econômico Mundial na quarta-feira colocou a desinformação impulsionada pela IA como o maior perigo nos próximos dois anos.

A pesquisa disse que “a relação entre informações falsas e agitação social ocupará o centro do palco” este ano, quando as principais economias, como os EUA, a UE e a Índia, forem às urnas.

“Gostaríamos de ser positivamente paranoicos com relação a novas tecnologias e outras questões de ponta”, disse Dusek. “E estabelecer um diálogo público-privado e uma cooperação em torno dessas questões desde já, para que não acabemos nos atrasando, como alguns diriam que o mundo está fazendo quando se trata de IA generativa.”


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