Deputado do PSOL busca alianças para evitar polarização com Paes e nome bolsonarista na disputa pela prefeitura
O deputado federal Tarcísio Motta (PSOL) está empenhado em romper a tradição de isolamento de seu partido nas eleições no Rio de Janeiro. O objetivo é evitar uma polarização da disputa para a prefeitura entre Eduardo Paes (PSD) e um nome bolsonarista, atualmente representado pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Tarcísio procura alianças com o PDT, PSB e PT, mesmo sabendo que todos estão envolvidos, em maior ou menor grau, no projeto de reeleição do atual prefeito. O deputado do PSOL afirma que, com ou sem alianças, pretende reivindicar a plataforma política do presidente Lula para sua candidatura, em busca de uma identidade programática e política com o ex-presidente junto à sociedade.
O PSOL, que cresceu na cidade na esteira da ascensão política do ex-deputado Marcelo Freixo, tem como meta atrair o PDT para a campanha. O partido tem dialogado com a deputada estadual Martha Rocha (PDT) e mantém conversas com Paes. Já o PSB tem como filiada Tatiana Roque, mas a decisão sobre a aliança será do Diretório Nacional, dependendo das composições em outras capitais, o que dá preferência ao PSD de Paes. O PT é encarado como um desejo distante devido ao apoio pessoal de Lula a Paes e sua presença em pastas na gestão.
Mesmo sem uma coligação, Tarcísio acredita ser possível disputar o segundo turno contra Paes e afirmou: “É possível tirar o bolsonarismo do segundo turno no Rio”. Ele argumenta que uma coligação com o PSOL garante aos aliados a manutenção da bandeira de esquerda na cidade.
Tarcísio foi escolhido pré-candidato ao PSOL após uma disputa interna com outros nomes do partido, e seu objetivo é quebrar a tradição de isolamento do partido nas eleições cariocas, buscando alianças e se consolidando como uma opção viável para disputar a prefeitura.
