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Massacre na Palestina: Jornalistas condenam silêncio internacional e manifestações de solidariedade se espalham pelo mundo.




Artigo sobre Massacre na Palestina

“Desde 1990 que não morriam tantos jornalistas em uma única guerra, se assim podemos chamar. O Estado colonial sionista matou mais de um profissional da comunicação por dia nos últimos quatro meses. Onde está a indignação internacional?! É um muro de silêncio”, relatou Fernandes, que também lembra do posicionamento de muitos que, consciente ou inconscientemente, relatam apenas a narrativa israelense.

Além do apoio ao documento entregue pela África do Sul em Haia, Fernandes também aponta para a força e a importância das declarações que Lula da Silva tem realizado sobre o genocídio que acontece em Gaza e a respeito da violência contra civis na Cisjordânia e em todo território palestino. Segundo ele, o “projeto sionista colonial” está sendo colocado em prática a décadas pelo governo de Israel e isso é a prova de que há uma “falência moral do Ocidente” diante de tantas guerras, massacres e golpes de Estado promovidos pelos EUA e pela Europa no sul global ao longo do século XX e início do século XXI.




(Créditos: Stefani Costa)

Apoio e Solidariedade

Diversos movimentos sociais também assinalaram apoio à manifestação deste domingo pelo fim do massacre na Palestina. Com a chegada das eleições legislativas em Portugal, no próximo dia 10 de março, e diante do crescente discurso anti-imigração no país, o apoio ao povo palestino e a todos os imigrantes se torna cada dia mais fundamental.

Rui Estrela, representante do Movimento Vida Justa, afirma que as organizações e coletivos (que se manifestam diariamente pelos direitos dos cidadãos e pela participação do povo nas decisões políticas) não podem aceitar o escândalo que é um genocídio acontecer em tempo real e a “olhos vistos” sem fazerem nada. “Hoje é na Palestina, mas amanhã pode ser em outra parte do mundo qualquer”, explicou.

Por isso, para Estrela, que também é técnico em projetos sociais, sair para prestar apoio ao povo palestino é uma forma de deixar claro que quando se pede por vida justa ela deve ser estendida a todas as pessoas e que é importante mostrar que o verdadeiro problema que está destruindo a humanidade é o capitalismo.

“As pessoas que estão cá e escolheram este país para viver, seja em definitivo ou por um determinado tempo, também fortalecem o nosso desenvolvimento e precisam ter os seus direitos garantidos. É uma grande hipocrisia que os liberais e toda a direita mais conservadora esteja a fazer campanha para angariar votos de xenófobos, racistas e pessoas confusas que não notam que o verdadeiro problema, seja aqui ou na Palestina, é o capital e o acúmulo de dinheiro na mão de poucos. Esse tipo de desonestidade política também precisa ser combatida”, finalizou.

Manifestações pelo mundo

Portugal fechou o final de semana de marchas em apoio e solidariedade ao povo palestino, já que, no sábado (13/01), diversas outras cidades pelo mundo registraram manifestações.

Em Londres, por exemplo, milhares de manifestantes seguram faixas, bandeiras e cartazes durante ato de apoio ao povo palestino e pedindo um cessar-fogo em Gaza. À emissora catari Al Jazeera, Jeanine Hourani, membro do Movimento Juvenil Palestino inglês, disse que os manifestantes estão irritados com a injustiça em Gaza, afirmando que os britânicos apoiam um cessar-fogo, mas os políticos do Reino Unido “continuaram a financiar e apoiar o genocídio”.

Já em Washington, nos Estados Unidos, os manifestantes demandaram um cessar-fogo permanente e imediato em Gaza, mas também protestarem contra a ajuda financeira e armamentista dos Estados Unidos ao governo de Benjamin Netanyahu. O ato nomeado de “Washington por Gaza” foi considerado a maior manifestação pró-Palestina no país desde o início dos ataques em 7 de outubro.

Manifestações também ocorreram na Itália. No ato, manifestantes levaram cartazes falando em “Palestina livre” e agitaram bandeiras do país.

Paquistão, Grécia, Bangkok, Tailândia e Japão também se juntaram ao dia de solidariedade aos palestinos e pediram um cessar-fogo imediato.


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