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World Skate desfila filiação da CBSk e skatistas brasileiros manifestam apoio à entidade nacional, desafiando o Comitê Olímpico do Brasil.

A polêmica envolvendo a exclusão da Confederação Brasileira de Skate (CBSk) pela World Skate, federação responsável pelo skate olímpico, continua repercutindo entre os principais atletas do país. Desde o anúncio da desfiliação na última quarta-feira (10), nomes de destaque na modalidade têm se manifestado em defesa da entidade nacional, enquanto o Comitê Olímpico do Brasil (COB) garante que a preparação para os Jogos de Paris não será comprometida.

Pâmela Rosa, bicampeã mundial de skate street, expressou sua consternação com a decisão, classificando-a como “não democrática” e capaz de prejudicar sua preparação rumo aos Jogos Olímpicos. Já Rayssa Leal, também bicampeã mundial de street e medalhista de prata em Tóquio, ressaltou os valores da cultura do skate, argumentando que a CBSk foi fundamental na preparação dos atletas brasileiros para os Jogos.

O pronunciamento dos atletas também incluiu Pedro Barros, medalhista de prata em Tóquio no skate park, e Vini Sardi, referência do paraskate brasileiro. Pedro Barros criticou as “questões políticas” envolvidas na entrada do skate na Olimpíada, enquanto Vini Sardi enfatizou a importância da CBSk no apoio e desenvolvimento do paraskate, criticando a negligência da World Skate em relação à modalidade adaptada.

Em resposta à polêmica, o COB emitiu uma carta direcionada aos skatistas, assegurando que a preparação olímpica dos atletas não será comprometida e citando a necessidade de obedecer à Carta Olímpica. A Comissão de Atletas do COB também manifestou seu apoio aos skatistas, afirmando que está trabalhando para garantir a melhor preparação possível para Paris 2024.

A inclusão do skate no programa olímpico a partir de Tóquio trouxe consigo uma série de complicações e desentendimentos entre a CBSk e a CBHP, ambas filiadas à World Skate. A federação internacional alterou seu estatuto, aceitando apenas uma confederação por país e delegando ao COB a gestão técnica, esportiva e financeira do skate até Paris 2024.

A polêmica em torno da desfiliação da CBSk continua a agitar o cenário do skate olímpico no Brasil, com atletas e entidades se manifestando em defesa da entidade nacional e buscando garantir que a preparação para os próximos Jogos Olímpicos não seja prejudicada. A controvérsia parece estar longe de chegar a uma conclusão, e a comunidade do skate aguarda por mais desenvolvimentos.

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