Por Steve Holland e Nandita Bose e Trevor Hunnicutt
WASHINGTON (Reuters) – Em meio à recente vitória do candidato presidencial do Partido Democrático Progressista (PDP) de Taiwan, Lai Ching-te, nas eleições da ilha, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou neste sábado que os EUA não apoiam a independência de Taiwan. Essa declaração vem após os eleitores taiwaneses rejeitarem a interferência da China e concederem ao partido governista um terceiro mandato presidencial.
Lai Ching-te venceu a eleição em uma clara demonstração de repúdio à pressão chinesa e prometeu enfrentar Pequim, além de buscar negociações que beneficiem a população de Taiwan. A vitória do PDP reforça a postura de independência e resistência à influência chinesa, em um momento em que as relações entre os dois países atingem um ponto delicado.
Biden, por sua vez, reiterou a posição dos EUA de uma abordagem diplomática em relação a questões envolvendo Taiwan, destacando que a região deve ser tratada com cautela para evitar escaladas de conflito. Essa postura busca equilibrar a proteção dos interesses taiwaneses com a manutenção de uma relação estável com a China, um dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos.
Em meio a tensões que remontam décadas, as recentes declarações de Biden e a vitória de Lai Ching-te colocam em evidência a importância estratégica de Taiwan na geopolítica regional, além de evidenciar as complexas relações entre Washington, Pequim e Taipei. A questão taiwanesa continua sendo um tema sensível e de alta relevância no cenário internacional, e a postura dos Estados Unidos será fundamental para o desenrolar dos acontecimentos na região nos próximos anos.