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Cresce tensão entre Israel e Palestina com entrada do grupo Houthis no conflito e ataque a navios no Mar Vermelho.

O conflito entre Israel e Palestina, que teve início em 7 de outubro após um ataque do grupo Hamas a Israel, está se intensificando e causando repercussões em outras partes do mundo. O aumento da área de conflagração e a participação de mais atores e armamentos estão levando a um número cada vez maior de vítimas inocentes, além de afetar o comércio internacional e a economia global.

Um exemplo disso é o crescente número de ataques dos rebeldes Houthis, do Iêmen, a embarcações comerciais que passam pelo Mar Vermelho, situado entre a Ásia e a África. Essas embarcações seguem em direção ao Canal de Suez, uma importante rota para o abastecimento da Europa, sendo essas ameaças uma clara demonstração da expansão do conflito.

A preocupação com a segurança das embarcações comerciais levou as quatro maiores transportadoras marítimas do mundo e a companhia British Petroleum a optarem por contornar o continente africano pelo Oceano Índico e Atlântico, em vez de passar pelo Canal de Suez, acarretando em um aumento do custo e tempo para o transporte de produtos e insumos industriais chineses, afetando assim o fornecimento de bens duráveis e de consumo.

Além disso, os bombardeios realizados pelos Estados Unidos e a Grã-Bretanha a bases controladas pelos Houthis resultaram em um aumento no preço do petróleo, o que também preocupa a economia global e pode gerar inflação mundial. A situação se torna ainda mais complexa com a entrada dos Houthis no conflito ao lado do Hamas, após os ataques de Israel à Faixa de Gaza. Tudo isso coloca em risco a estabilidade política, econômica e militar na região do Oriente Médio.

Esse cenário de conflito e instabilidade também traz implicações políticas para o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que corre o risco de ver sua popularidade diminuir devido às derrotas no exterior. Segundo o historiador Bernardo Kocher, as ações de Biden nessas crises podem influenciar significativamente seu desempenho nas eleições, afastando potenciais eleitores de origem árabe e latina.

Em meio a tudo isso, é fundamental que a comunidade internacional busque soluções diplomáticas e apoie esforços para promover a paz e a estabilidade na região do Oriente Médio. A situação atual exige a atenção e a ação coordenada de diversos atores internacionais para evitar um agravamento ainda maior do conflito e seus impactos negativos em diferentes esferas.

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