
Corretores afirmam que já procuraram Andreas para falar sobre a venda das casas da família, mas ele recusou todas as ofertas. Uma das casas, a penúltima da família antes do crime, foi ocupada ilegalmente recentemente, depois de anos sem manutenção.
Outras duas casas herdadas por Andreas já passaram a ser de invasores por usucapião. As propriedades ficam no bairro de Campo Belo, em São Paulo. Os novos moradores ganharam o título de propriedade por usucapião, que se trata da aquisição de imóvel por posse prolongada, contínua, pacífica e sem oposição — o irmão de Suzane nunca reclamou os imóveis.
Pendências de IPTU somam mais de R$ 68 mil em apenas dois dos imóveis. A prefeitura da cidade de São Paulo processa Andreas por uma dívida de R$ 48.524,07 em IPTU da penúltima casa da família, referente aos anos de 2021 e 2022.
Um dos bens sob risco é o sobrado no Brooklin Paulista em que funcionava a clínica de psiquiatria de Marísia, que acumulava débito de R$ 20.170,17 até julho de 2023. Andreas chegou a morar no imóvel por alguns anos, época em que cursava farmácia e bioquímica na Universidade de São Paulo, entre 2005 e 2015.
Um vizinho da casa afirma que já impediu duas vezes que a casa fosse invadida e ajuda na manutenção do imóvel. O empresário Allan Zurita contou ao Globo que pega os boletos deixados pelos carteiros na caixa de correios, paga a conta da luz e manda limpar o mato que cresce nos buracos da calçada e rente ao portão. Ele tenta comprar a casa, mas não consegue contato com Andreas.
Amigos de Andreas afirmam que ele pretende manter os bens para “preservar a memória” dos pais, mas tem medo que sua irmã tenha acesso a eles. Isso porque o farmacêutico não é casado e nem tem filhos, o que torna Suzane sua única herdeira.