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Romance “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco, traz uma trágica história de amor proibido, semelhante a “Romeu e Julieta”.






Amor de Perdição: a tragédia de Simão e Teresa

Um amor proibido em razão da rivalidade entre as famílias, a rebeldia do
casal contra a separação que é imposta e um final trágico. Assim como o
clássico “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare, o romance “Amor de
Perdição”, do português Camilo Castelo Branco (1825-1860), explora os
mesmos elementos dramáticos.

No livro lusitano, que conclui a Coleção Folha Clássicos da Literatura
Luso-Brasileira no domingo, dia 14, o leitor encontra Simão e Teresa,
que enfrentam uma série de dificuldades para ficarem juntos.

“Amava Simão uma sua vizinha, menina de quinze anos, rica herdeira,
regularmente bonita e bem-nascida. Da janela do seu quarto é que ele a
vira a primeira vez para amá-la para sempre. Não ficara ela incólume da
ferida que fizera no coração do vizinho: amou-o também, e com mais
seriedade que a usual nos seus anos”, conta o narrador em terceira
pessoa.

Apesar da paixão correspondida, assim como na trama shakespeariana,
Simão e Teresa pertenciam a famílias inimigas. No lugar dos Capuleto e
dos Montéquio, temos os Albuquerque e os Botelho. O motivo da desavença
ia de agressões ente os criados até sentenças judiciais desfavoráveis.

Um dos principais nomes da literatura portuguesa, Castelo Branco bebeu
na fonte do bardo britânico sem deixar de colocar suas próprias tintas e
estilo na narrativa. O destino de Simão e Teresa não envolve um punhal e
envenenamento. Mas a solução do autor português é igualmente fatídica.

O drama reflete, de certa maneira, as próprias circunstâncias da escrita
do livro. O autor estava na prisão quando escreveu “Amor de Perdição”,
cumprindo pena por crime de adultério, já que se envolveu com uma mulher
casada.

Como lembra o colunista João Pereira Coutinho no texto de contracapa da
edição: “George Steiner tinha razão: as grandes tragédias só são
possíveis em sociedades aristocráticas, onde os indivíduos valem menos do
que a força implacável das tradições e dos preconceitos. Shakespeare
sabia disso. Camilo também”.


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livros, intercalando obras de grandes escritores portugueses e
brasileiros, em edições em capa dura


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