Comer fora de casa pode ficar mais caro, alerta associação

Segundo a Associação Nacional de Restaurantes (ANR), o cancelamento do Programa de Retomada dos Setores de Bares, Restaurantes e Eventos (Perse) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode resultar em um aumento no custo para comer fora de casa. O motivo do cancelamento seria a utilização dos recursos para subsidiar a desoneração da folha.

De acordo com a ANR, o Perse foi responsável por proporcionar uma arrecadação muito superior aos R$ 6 bilhões retirados em isenções pelo ministro Haddad. O presidente da entidade, Fernando Blower, afirmou que o programa concedeu benefícios tributários ao setor de restaurantes até 2027, incluindo o refinanciamento de dívidas com descontos, assim como a isenção de PIS, Cofins, CSLL e Imposto de Renda até o referido ano.

Blower ressaltou que a manutenção do Perse durante a pandemia permitiu que o setor endividado conseguisse amortizar suas dívidas e evitasse o repasse do aumento da inflação dos alimentos para os preços dos serviços de alimentação fora de casa.

O presidente da ANR ainda alertou para o risco de inadimplência e aumento dos preços caso o programa seja encerrado. A entidade também destacou que um terço dos gastos dos brasileiros com alimentação ocorre fora de casa, o que inclui desde o consumo em restaurantes até as entregas em domicílio.

Diante disso, a possível repercussão do cancelamento do Perse tem gerado preocupações no setor de alimentação, e a ANR tem buscado sensibilizar o governo sobre os impactos de tal medida.

Com isso, fica em suspenso o aguardo por uma decisão final do ministro da Fazenda em relação ao futuro do programa. Enquanto isso, o setor de bares, restaurantes e eventos permanece atento às possíveis mudanças que podem impactar diretamente o bolso dos consumidores.

Diego Felix