Nível do Rio Madeira em Porto Velho atinge marca histórica de 2,56 metros, preocupando autoridades locais e especialistas ambientais.

O pesquisador Marcus Suassuna, especialista do serviço geológico, alertou para o possível impacto da atual situação do rio na navegação local, destacando que se houver um atraso no início da estação chuvosa, o Rio Madeira poderá permanecer por um longo período com restrições à navegação, impactando não apenas a disponibilidade hídrica, mas também a navegação na região.
Recentemente, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou uma situação de escassez quantitativa de recursos hídricos nos rios Madeira e Purus, localizados no sudoeste do Amazonas. Essa medida visa intensificar os processos de monitoramento hidrológico e propor ações preventivas para mitigar os impactos nos usos da água.
A área de drenagem da Bacia do Rio Madeira é de 1,42 milhão de quilômetros quadrados, abrangendo parte do território brasileiro, peruano e boliviano. O período chuvoso nessa região geralmente vai de novembro a abril, enquanto o período seco ocorre de maio a outubro, com outubro sendo um mês de transição.
O Rio Madeira desempenha um papel fundamental na geração de energia, com as usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio operando a fio d’água. Além disso, o rio é uma importante via de transporte fluvial de carga e passageiros, tendo transportado mais de 6 milhões de toneladas em 2022.
A situação atual do Rio Madeira também afeta o abastecimento de água de Porto Velho e de outras comunidades da região, destacando a importância desse recurso hídrico para diversas atividades locais.