Aquecimento das águas do Pacífico atinge pico máximo, mas El Niño começará a perder força a partir de fevereiro
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A especialista explicou que a fase neutra significa que não há a influência de nenhum dos fenômenos, e as estações mantêm as condições comuns. Durante a primavera e o verão, as temperaturas costumam ser elevadas e as chuvas intensas. Já no outono, inicia-se uma fase de transição para um período mais frio que antecede o inverno.
A previsão é que em setembro de 2024 tenha início um período de La Niña, sinalizando uma mudança climática, com diminuição das chuvas no Sul e aumento no Norte. A meteorologista destacou que o El Niño foi responsável por ter feito de 2023 o ano mais quente já registrado em 174 anos, de acordo com medições da Organização Meteorológica Mundial (OMM). No Brasil, a situação não foi diferente, e mesmo que o El Niño registrado em 2023 não tenha sido tão intenso quanto o de 2015/2016, contribuiu para o aumento da temperatura.
Para o atual verão, Ramos prevê que as temperaturas permanecerão acima da média nos meses de janeiro, fevereiro e março, com tendência de diminuir a partir de abril e maio. Ela ressaltou que o El Niño não é o único fator que influencia o clima, e que o aquecimento do Atlântico também tem contribuído para a intensificação de ondas de calor em 2023. A previsão é de que as temperaturas fiquem acima da média, com possibilidade de ocorrência de ondas de calor.
Ramos alertou que o monitoramento climático precisa ser feito de forma mais próxima, uma vez que a previsão do tempo e a previsão do clima são escalas diferentes. Ela acrescentou que a previsão do tempo indica chuvas até o final do mês, apesar das temperaturas acima da média.