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Parlamento da Coreia do Sul vota a favor de proibir consumo e venda de carne de cachorro
Por Nicolas Rocca, correspondente da RFI em Seul
O Parlamento da Coreia do Sul votou nesta terça-feira (09) uma lei que proíbe o consumo e venda de carne de cachorro. Após um longo período de debates e discussões, a prática culinária histórica no país será oficialmente ilegal após um período de transição de três anos.
A decisão foi bem recebida por organizações de defesa dos direitos dos animais, que há tempos vinham denunciando as condições precárias em que os cães eram criados e abatidos para consumo humano. Para elas, a proibição é um grande avanço na proteção dos animais e na conscientização sobre o tratamento ético dos mesmos.
No entanto, a medida também gera questionamentos sobre o futuro dos cães e dos criadores que dependiam da venda da carne de cachorro para sustento. Muitos criadores temem o impacto econômico da proibição e pedem que o governo ofereça alternativas de subsistência para a comunidade que vivia da atividade.
É importante ressaltar que a legislação só entrará em vigor após o período de transição de três anos, durante o qual o governo sul-coreano planeja implementar políticas de apoio aos criadores afetados pela proibição. A transição também visa dar tempo para que a população se adapte à nova realidade e busque novas fontes de alimentação e renda.
Com a proibição, a Coreia do Sul se junta a outros países que já adotaram medidas semelhantes em relação ao consumo de carne de animais domésticos, demonstrando um crescente movimento global em prol da conscientização sobre o tratamento ético dos animais e a proteção de suas vidas.