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Servidores da Abin identificam ameaças aos atos pró-democracia marcados para o aniversário da invasão do Palácio do Planalto.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria identificado ameaças aos atos pró-democracia programados para esta segunda-feira (8), dia em que se completa um ano da invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) por vândalos golpistas. A informação foi divulgada pela União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis), que representa os servidores da agência. De acordo com a entidade, os agentes teriam detectado “ameaças ao aniversário da fatídica data do dia 8/1”.

Em nota divulgada na noite de domingo (7), a Intelis não forneceu outras informações além desta. Consultada pela Agência Brasil a respeito da gravidade das supostas ameaças, a entidade explicou que, por razões de segurança, está impedida de detalhar as conclusões a que os servidores chegaram após monitorar diversas situações e projetar diferentes cenários. Além disso, os servidores da agência informaram às autoridades de segurança competentes sobre as eventuais ameaças e suas conclusões.

A nota da Intelis defende a atuação dos servidores da Abin, apresentando um resumo das atividades de inteligência realizadas para “proteger as instituições democráticas e o processo eleitoral” no Brasil. A entidade alega que os servidores prestam apoio técnico especializado à Justiça Eleitoral e atuam ativamente no combate a tentativas de interferência no processo eleitoral, incluindo o monitoramento da possibilidade de ataques cibernéticos e de divulgação de informações falsas.

A associação assegura que a atuação dos servidores da Abin, em parceria com outros órgãos públicos, “antecipou e evitou que as eleições no país ficassem vulneráveis a ataques de atores interessados em descredibilizar o robusto processo eleitoral brasileiro”. Além disso, a nota menciona o monitoramento de grupos extremistas por servidores da Abin.

A Intelis acrescenta que, mesmo após o segundo turno das eleições presidenciais de 2022, os servidores da Abin seguiram monitorando os desdobramentos do processo eleitoral, “pois já estavam previstos inconformismos e atos violentos por uma minoria de eleitores insatisfeitos com os resultados da eleição”.

A entidade conclui afirmando que, mesmo diante de ataques de atores mal-intencionados, seguem trabalhando incansavelmente para garantir a segurança das instituições democráticas e do processo eleitoral no Brasil. A Agência Brasil consultou a Abin, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e aguarda manifestações desses órgãos públicos.

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