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Manifestantes pedem punição aos participantes da tentativa de golpe ocorrida em Brasília há um ano e mantêm protesto em São Paulo.

Na noite desta segunda-feira (8), manifestantes se reuniram em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista, para pedir punição para todos os envolvidos na tentativa de golpe que ocorreu em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. Com gritos de “sem anistia”, a manifestação foi convocada pela Frente Brasil Popular (FBP) e Povo e Sem Medo.

O coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP) e membro da coordenação nacional da FBP, Raimundo Bomfim, destacou a importância de responsabilizar não apenas os praticantes dos atos, mas também os mentores e financiadores do golpe. Ele enfatizou a necessidade de processar, investigar e responsabilizar todos os envolvidos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e os militares que estavam envolvidos na tentativa de golpe.

Segundo informações, um ano após os atos golpistas, 66 investigados continuam presos pela incitação, financiamento e execução dos atos. Os demais investigados foram soltos, mas tiveram medidas cautelares impostas, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair do país e apresentação semanal à Justiça.

Marcelo Correia, da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), ressaltou a importância de manter a democracia intacta, mesmo diante da tentativa de golpe. Ele enfatizou que é na democracia que se pode avançar politicamente e lutar contra o racismo, além de garantir acesso à educação, saúde e cultura.

Diversas entidades estiveram presentes na manifestação, incluindo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Partido dos Trabalhadores (PT), parlamentares do Psol, Unidade Popular pelo Socialismo (UP), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

O protesto reflete a preocupação dos manifestantes com a preservação da democracia e a busca por justiça diante dos acontecimentos relacionados à tentativa de golpe no Brasil. A mobilização demonstra a vontade de punir os responsáveis e evitar novas ameaças à ordem democrática do país. A sociedade civil continua atenta e engajada na defesa dos princípios democráticos e na luta pelos direitos e pela justiça.

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