
Análise de Economistas sobre Resultado Primário do Governo
Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda divulgaram suas novas previsões para o resultado primário do governo, com impactos para os anos de 2024 e 2025. Segundo o relatório Prisma Fiscal de setembro, as projeções foram ajustadas, mostrando um cenário de desafios pela frente.
Para 2024, a expectativa mediana indica um saldo primário negativo de R$ 66,665 bilhões, melhorando em relação à projeção anterior de déficit de R$ 73,5 bilhões. No entanto, as previsões para 2025 são menos otimistas, com um déficit estimado em R$ 93,067 bilhões, ante os R$ 91,689 bilhões esperados anteriormente.
Em relação à dívida pública bruta do governo geral, os economistas projetam um aumento, com a perspectiva de atingir 77,91% do PIB ao final de 2024, e 80,61% em 2025. Estes números representam um desafio para a sustentabilidade fiscal do país e levantam preocupações sobre a capacidade do governo em reverter essa tendência.
A meta do governo de zerar o déficit primário até o final deste ano permanece como um objetivo importante, mas que requer a implementação efetiva de medidas fiscais. A arrecadação também foi revisada para cima, com previsões de R$ 2,634 trilhões neste ano e R$ 2,779 trilhões em 2025.
Na última quinta-feira (12), a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base que propõe mudanças na desoneração da folha de pagamentos e na cobrança do INSS. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância do projeto de lei para o equilíbrio fiscal em 2024, afirmando que o governo estará atento aos resultados nos próximos meses.
Diante das revisões nas projeções fiscais e das incertezas econômicas, os economistas consultados no Prisma também aumentaram suas estimativas para as despesas totais do governo central, indicando a necessidade de medidas para conter gastos e melhorar a situação fiscal do país.