Brasileiros deixam de resgatar R$ 7,51 bilhões esquecidos no sistema financeiro, alerta Banco Central.
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Os dados do Sistema de Valores a Receber (SVR) são disponibilizados com dois meses de defasagem. Até novembro, apenas 28,86% dos correntistas listados desde o início do programa, em fevereiro de 2022, haviam resgatado os recursos. O número total de beneficiários chega a 60.225.711, mas apenas 17.379.507 correntistas haviam feito o resgate até o final de novembro.
Dentre os correntistas que já efetuaram os saques, 16.504.231 são pessoas físicas e 875.276 são pessoas jurídicas, enquanto 39.786.602 pessoas físicas e 3.059.602 pessoas jurídicas ainda não resgataram os valores. Muitos desses valores são relativamente pequenos, com 63,38% dos beneficiários tendo direito a quantias de até R$ 10.
Após um período de quase um ano fora do ar, o SVR foi reativado em março de 2023, apresentando novas fontes de recursos, um sistema de agendamento reformulado e a possibilidade de resgate de valores pertencentes a pessoas falecidas. No mês de março, foram resgatados R$ 505 milhões esquecidos, mas em outubro, houve uma queda para R$ 178 milhões.
A atual fase do SVR traz importantes melhorias, como a possibilidade de impressão de telas e protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp, além de uma sala de espera virtual. Além disso, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam disponíveis anteriormente, como contas de pagamento pré ou pós-pagas encerradas e contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas.
No entanto, o Banco Central alerta para a ocorrência de golpes relacionados a supostos resgates de valores esquecidos e reforça que todos os serviços do Valores a Receber são gratuitos e que a instituição financeira responsável é a única autorizada a contatar o correntista. O BC também pede para que os cidadãos não forneçam senhas em situações duvidosas e reforça que nenhum intermediário está autorizado a realizar tal tipo de pedido.