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Morre aos 92 anos o tetracampeão do mundo Zagallo, único a conquistar quatro títulos de Copa do Mundo na história

Tetracampeão do mundo, Zagallo morre aos 92 anos

Tetracampeão do mundo, Zagallo morre aos 92 anos

Tetracampeão do mundo, Zagallo morre aos 92 anos

Lucas Figueiredo/CBF

Morreu no Rio de Janeiro, aos 92 anos, o ex-jogador e ex-técnico Zagallo, único a conquistar quatro títulos de Copa do Mundo na história. A informação foi confirmada pela assessoria dele no início da madrugada deste sábado (06). Zagallo estava internado em um hospital da capital fluminense e teve falência múltipla de órgãos.

A última aparição do “Velho Lobo” foi no dia 1º de setembro do ano passado, quando ele recebeu alta hospitalar. Zagallo tratava, naquela época, uma infecção urinária e ficou 22 dias internado.

Natural de Atalaia, a menos de 50 quilômetros de Maceió, capital de Alagoas, Mário Jorge Lobo Zagallo veio para o Rio de Janeiro com apenas 8 meses de vida. Aos 12 anos, iniciou a carreira nas categorias de base do América-RJ.

Participou da conquista do tricampeonato carioca com o Flamengo em 1953, 1954 e 1955. Três anos depois faturou a primeira Copa do Mundo com a seleção brasileira ao lado do Rei Pelé e de Garrincha, feito que seria repetido em 1962.

Ao encerrar a carreira de jogador. Zagallo se tornou técnico e conquistou uma Taça Brasil e dois Campeonatos Cariocas pelo Botafogo antes de assumir a seleção no lugar de João Saldanha e dar o tricampeonato mundial. Em 1974 não convocou Pelé para a Copa do Mundo na Alemanha, o que gerou críticas e inspirou a música “Camisa 10” de Luiz Américo.

Como treinador, o Velho Lobo passou pelas seleções do Kuwait e da Arábia Saudita. Ele levou ainda os Emirados Árabes Unidos à Copa de 1990, na Itália, sendo este o último trabalho antes de voltar à seleção brasileira como coordenador técnico e, nesta função, conquistar o Mundial de 1994 nos Estados Unidos ao lado de Carlos Alberto Parreira.

Depois do tetra, Zagallo reassumiu o posto de técnico do Brasil, sendo campeão da Copa América em 1997 e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta um ano antes. Bancou a escalação de Ronaldo na final da Copa de 1998 contra a França, mesmo depois de o camisa 9 sofrer uma convulsão na véspera do jogo vencido pelo time da casa. O treinador deixaria o cargo, mas ainda trabalharia na seleção até 2006.

Zagallo foi indicado ao Hall da Fama do Comitê Olímpico Brasileiro em 2020 e, dois anos depois, ganhou uma estátua de cera no Museu da Seleção, na sede da CBF.

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